Bruno de Carvalho, como Estaline, tem os seus fãs

Bruno de Carvalho, como Estaline, tem os seus fãs


Bruno de Carvalho tem todo o direito a defender-se das acusações de que é alvo, mas é estranho haver ainda adeptos que sonham com o regresso de um dos presidentes mais polémicos da história do Sporting. A personagem espalhou ódio e prepotência em doses cavalares enquanto esteve à frente do clube e a sua responsabilidade…


Bruno de Carvalho tem todo o direito a defender-se das acusações de que é alvo, mas é estranho haver ainda adeptos que sonham com o regresso de um dos presidentes mais polémicos da história do Sporting. A personagem espalhou ódio e prepotência em doses cavalares enquanto esteve à frente do clube e a sua responsabilidade ou não do ataque à academia de Alcochete será decidida pelo tribunal.

O antigo presidente dos leões é que parece nada ter aprendido nos últimos tempos em que esteve afastado dos holofotes, já que no último sábado deu uma entrevista ao Expresso em que disse da procuradora que ia ouvi-lo ontem o seguinte: “Todos nós pudemos observar aquela coisa hedionda que foi o interrogatório da procuradora Cândida Vilar ao Fernando Mendes. Toda a gente pôde observar esta perseguição e esta forma de atuação que ela tem para comigo. Eu não tenho grandes dúvidas que, das duas uma: ou a procuradora Cândida Vilar tem uma agenda, coisa que eu não quero acreditar, porque seria demasiado grave, ou tem um distúrbio”. Elucidativo e demonstrativo de que vive noutro mundo. No dele.

O homem que durante longos meses fez posts às cinco da manhã no Facebook para depois apagar alguns já durante o dia convenceu-se da realidade que criou para si próprio, tomando tudo o resto como falso. Só a sua verdade interessava e, por isso, podia atacar o bem mais precioso do clube, os jogadores e treinadores, não se importando com as consequências, já que a sua figura estava num lugar perto do céu. Outro dado impressionante é como Bruno de Carvalho ainda consegue ter adeptos do seu lado, fazendo estes lembrar aquelas romarias em Moscovo aquando do aniversário de Estaline.

P.S. O futebol é mesmo um mundo à parte. A comissão que tomou conta dos destinos do clube depois da destituição de Bruno de Carvalho parece ter ficado com o bichinho do poder e Sousa Cintra já demonstrou que está arrependido de não se ter candidatado ao cargo de presidente. Mas será o único? Não haverá outros que também gostaram do poder de levar as multidões atrás?