PSD. Rio quer redução fiscal de 3,7 mil milhões de euros até 2023

PSD. Rio quer redução fiscal de 3,7 mil milhões de euros até 2023


Presidente do PSD apresentou esta terça-feira quadro macro-económico do seu programa eleitoral para a próxima legislatura. Redução de impostos está na lista de promessas, mas Rui Rio não explicou como. Só se sabe que será no IRC e no IRS.


O presidente do PSD deu esta terça-feira uma conferência de imprensa para apresentar o cenário macro-económico (para os próximos quatro anos), em que se vai basear para definir e contabilizar propostas no programa eleitoral do partido para as eleições legislativas de 6 de outubro. Nas previsões do PSD está uma promessa de reduzir a carga fiscal até 2023, de forma gradual equivalente a 3, 7 mil milhões de euros.

Como é que se faz isso?  Rui Rio  não o explicou, mas prometeu respostas para a próxima sexta-feira para o capítulo dedicado à carga fiscal no programa eleitoral. Porém, o documento distribuído aos jornalistas dá pequenas pistas. Por exemplo, "a redução da carga fiscal em sede de IRS sobre os rendimentos das pequenas e médias poupanças" das famílias.

"É um imperativo nacional baixar a carga fiscal", afirmou Rio em conferência de imprensa, sem esclarecer, por exemplo, se as propostas do PSD vão contemplar, de alguma forma também, a revisão dos escalões de IRS. 

Para as empresas estão previstos também "benefícios fiscais à não distribuição de lucros".

A meta é chegar a 2023 com uma carga fiscal de 33,3 por cento do PIB. Atualmente está nos 34,9 por cento do PIB.

Nas previsões sociais-democratas prevê-se também um aceleramento do crescimento económico com o PIB nos 2,7 por cento. O programa de estabilidade do Governo do PS, datado de abril, previa um crescimento de 2,1 por cento no PIB em 2023. 

As previsões mais animadoras do PSD resultam do facto de o partido, liderado por Rui Rio, optar por propostas orientadas para produtividade, ( mais emprego e melhores salários) , além do aumento do investimento público em 3,6 mil milhões de euros. Num discurso para separar as águas em relação ao PS, Rio considerou que "o consumo privado é o que todos queremos. O que ele não pode é ser o motor do crescimento”.

Na lista de previsões está também a redução da dívida pública para 99 por cento do PIB em 2023.