Grande Lisboa tem ordenados até 450 euros mais altos do que a média nacional

Grande Lisboa tem ordenados até 450 euros mais altos do que a média nacional


Sete dos concelhos com pior remuneração encontram-se no norte do país. 


A média salarial na Área Metropolitana de Lisboa é 39% maior do que a média nacional, o que corresponde a mais 450 euros no final do mês na conta bancária, segundo dados de 2017 disponibilizados pela Segurança Social, citando o Jornal de Notícias. 

Lisboa é a única região onde a remuneração-base e o ordenado dos trabalhadores do setor privado são superiores à média nacional, que corresponde a 940 euros. Na capital, a remuneração média dos trabalhadores é de 1.294 euros.  Somando outros ganhos, como prémios e horas extra a diferença torna-se ainda maior. A média nacional de Lisboa alcança os 1.579 euros mensais enquanto que o resto do país se fica pelos 1.131 euros. 

12 dos 24 concelhos melhor remunerados em Portugal ficam na Área Metropolitana de Lisboa: Alcochete (2.331,20 euros), Oeiras (1.740,20 euros), Lisboa (1.579,20 euros), Palmela (1.367,50 euros), Amadora (1.350,40 euros), Seixal (1.199,30 euros), Vila Franca de Xira (1.190,40 euros), Setúbal (1.185,10 euros), Sintra (1.180, 90 euros), Loures (1.159,90 euros), Cascais (1.156,30 euros) e Almada (1.097,40 euros). 

Sines (1.733 euros), Castro Verde (1.737 euros) e Campo Maior (1.209,20 euros) são outras das cidades que apresentam remunerações elevadas mesmo que não se localizem na região da capital.

Entre as cidades onde os trabalhos são mais mal pagos, sete ficam no norte do país. Celorico de Basto (640 euros), Penedono (645 euros), Mondim de Basto (646 euros), Resende (646 euros), Vinhais (657 euros), Lousada (658 euros) e  Sernancelhe (664 euros) são concelhos onde os trabalhadores do setor privado recebem quase menos 30% do que a média nacional. 

O economista Carballo-Cruz explica que estas diferenças surgiram por causa da “tipologia e tamanho das empresas, uma vez que as multinacionais e as exportadoras pagam melhores salários”. Apesar de existirem exportadoras no norte, na opinião de Carballo, Lisboa exporta produtos com "valor acrescentado".