A líder do partido de extrema-direita francês Reencontro Nacional, Marine Le Pen, vai a julgamento por ter partilhado fotografias de uma excecução realizada pelo grupo extremista Estado Islâmico em 2015, confirmou o seu advogado à imprensa francesa esta quarta-feira.
Le Pen é acusada de difundir imagens violentas. A presidente da ex-União Nacional partilhou na sua conta de Twitter várias imagens do grupo terrorista, depois de um jornalista ter comparado o seu partido ao Estado Islâmico. As imagens mostravam a decapitação do jornalista James Foley, um soldado sírio vivo esmagado por um tanque e um piloto jordano queimado vivo numa jaula.
A publicação gerou muita polémica entre os seguidores de La Pen. Em março de 2018, um juiz abriu a investigação sobre a publicação das fotografias e decidiu impor um exame psiquiátrico à política, no entanto, Le Pen recusou fazê-lo.
"Esta perseguição vergonhosa contra aqueles que denunciam o Daesh cai quando o governo acolhe jihadistas e as suas famílias de braços abertos. Isto diz muito sobre a ilusão política e moral das nossas "elites" dominantes", escreveu em sua defesa, esta quarta-feira.