Um ano depois de anunciar a candidatura às próximas eleições para a presidência do Governo Regional da Madeira, Paulo Cafôfo renuncia esta quinta-feira ao mandato como presidente da Câmara do Funchal. A saída coincide com os resultados do PS na Madeira para as europeias.
A intenção de Paulo Cafôfo – que se candidata como independente com o apoio do PS – é dedicar-se em exclusivo à corrida para o governo regional, sendo que a decisão do autarca já tinha sido tomada no final do ano passado. No entanto, só quinta-feira a renúncia ficará formalizada na reunião semanal do executivo da autarquia, avançou ontem o Diário de Notícias da Madeira. Até lá, o chefe de gabinete de Paulo Cafôfo disse à Lusa que “o presidente não fará qualquer declaração sobre este assunto”.
A data para as eleições ao Governo Regional da Madeira foram anunciadas em dezembro de 2018 por Marcelo Rebelo de Sousa, tendo ficado marcadas para dia 22 de setembro. Nessa altura, Paulo Cafôfo avançou à Lusa que iria renunciar ao mandato de autarca “antes do prazo legal e obrigatório”, que estipula um limite de 40 dias antes do ato eleitoral.
Resultados das europeias A saída de Paulo Cafôfo acontece depois de serem conhecidos os resultados dos socialistas nas europeias. Na Madeira, foi o PSD quem recolheu mais votos tendo conseguido 37,15% dos votos. E dos onze concelhos da Madeira, o PS só venceu em dois (Machico e Porto Moniz) tendo conseguido um total de 25,81% de votos.
Perante estes resultados, o autarca quer agora dedicar-se em exclusivo à candidatura para apostar numa “campanha de mobilização para um novo ciclo de desenvolvimento da região”.
Mas para que se dedique em exclusivo à campanha, Paulo Cafôfo precisa de uma licença sem vencimento autorizada pelo secretário de Estado da Educação do Governo Regional. Sem essa autorização, Paulo Cafôfo – que é professor dos quadros da Escola do Campanário – terá de se apresentar ao serviço no estabelecimento escolar. De acordo com o DN-Madeira, a licença sem vencimento foi solicitada pelo autarca ontem de manhã.
Foi em 2013 que Cafôfo deixou de dar aulas, quando foi eleito pela primeira vez presidente da Câmara do Funchal. Em 2017 foi reeleito com maioria absoluta, através de uma coligação Confiança (PS/BE/JPP/PDR/Nós, Cidadãos).