Dois militares portugueses retirados de missão devido a distúrbios psiquiátricos e indisciplina

Dois militares portugueses retirados de missão devido a distúrbios psiquiátricos e indisciplina


Os homens estavam numa missão de seis meses na República Centro Africana.


Dois militares portugueses encontravam-se numa missão de seis meses, na República Centro Africana, ao serviço das Nações Unidas mas não foram autorizados a cumpri-la até ao fim, tendo sido enviados para casa cerca de três meses depois. 

Um dos cabos foi enviado para casa por ter perdido a confiança dos seus superiores devido a não ter cumprido ordens e se ter desviado do caminho destacado sem autorização. O homem quis visitar um ex-militar dos Comandos a Bangui e sem avisar ninguém decidiu alterar o seu caminho, colocando assim em risco a sua segurança e a da viatura.

O militar não identificado pode vir a ser detido ou receber uma proibição de saída da unidade, segundo informações apuradas pelo Diário de Notícias.

O outro militar que foi obrigado a abandonar a missão em África começou a apresentar um “discurso incoerente” e “alusões autodestrutivas”, o que fez os seus colegas questionarem o seu estado mental, inclusive os que estudaram o cérebro.  Depois de analisado por duas médicas militares que se encontram no terreno, o Centro de Psicologia Aplicada do Exército decidiu que enviar o homem para a casa era a decisão mais acertada.   

As forças portuguesas encontram-se na República Centro-Africana desde o mês de março, semanas após um acordo de cessar-fogo ter sido assinado entre o governo e os grupos armados que controlam regiões importantes do país. Os militares portugueses participam na defesa do governo africano desde 2017, realizando a substituição das forças armadas de seis em seis meses.