Apesar dos níveis de negligência terem vindo a reduzir desde 2014, apresentando apenas uma ligeira subida entre 2017 e 2018, a verdade é que ao longo dos últimos cinco anos, os comportamentos de risco tiveram uma subida de três pontos percentuais. Assim como os diagnósticos de violência doméstica, que, entre 2014 e 2018, têm aumentado de forma consistente, crescendo três pontos percentuais, de acordo com o último relatório anual da Comissão Nacional de Proteção dos Direitos e Proteção das Crianças e Jovens. Estes comportamentos estão concentrados na faixa etária dos 15 aos 17 anos.
A negligência, os comportamentos de perigo na infância e juventude, assim como o direito à educação e a violência doméstica, foram as principais situações de perigo diagnosticadas, entre 2017 e 2018, segundo o mesmo relatório.
A secretária de Estado para a Inclusão, Ana Sofia Antunes, acredita que, o facto da negligência por parte dos pais ser ainda um dos principais perigos apresentados, deve-se aos “desafios dos tempos modernos, em que muitos pais nem se apercebem que os seus comportamentos põe as crianças em risco”.
Em 2017, 40% das situações de perigo identificadas tratavam-se de negligência, enquanto que em 2016 não ultrapassou os 29%.
Durante 2018 foram abertos 1.215 novos processos pela CPCJ, tendo acompanhado 2.606 menores. Foram 13.905 as novas situações de perigo verificadas nesse mesmo ano.