Viva a Universidade do Algarve!


Quarenta anos volvidos é tempo de regozijo pela incomparável transformação que a UA promoveu na sociedade algarvia e pelo contributo que dá ao país.


Perfaz 40 anos a Universidade do Algarve, baluarte de investigação, manual de conhecimento e um dos bilhetes de identidade da região.

Perfaz 40 anos que a Universidade do Algarve nasceu, contra todos os prognósticos. A única instituição do ensino superior que ostenta a singularidade de ter sido criada pela Assembleia da República – aprovada por unanimidade, após proposta do PSD, pelas mãos de personalidades como José Vitorino, Cristóvão Norte, Barbosa de Melo, Sousa Franco, Sérvulo Correia e Pedro Roseta.

Por isso, o senhor presidente da Assembleia da República, na recente inauguração da exposição, de responsabilidade da Universidade do Algarve, patente no Parlamento denominada “ Algarve: 40 anos a criar futuro”, descreveu, bem, esse processo, como um ato de rebeldia da Assembleia, pois os Governos à época sempre se opuseram a essa intenção. O ato de rebeldia é de todos, pois todos votaram favoravelmente o texto final.

Quarenta anos volvidos é tempo de regozijo pela incomparável transformação que a UA promoveu na sociedade algarvia e pelo contributo que dá ao país. De um nado-morto, desafiou todas as probabilidades e vingou, numa escala sem paralelo, a qual se deve a muitos, mas cuja galeria de reitores, de incontroversa categoria, não podem senão ser credores de uma justíssima homenagem.

O futuro abre amplos horizontes. O alargamento da plataforma continental convida – obriga mesmo – a que participe ainda com maior ênfase na criação do cluster do mar, relacionando-o com a biotecnologia e áreas conexas, as quais são janelas de liberdade do país e em que o manancial de conhecimento acumulado pela Universidade do Algarve a coloca numa posição de liderança.

Quarenta anos volvidos, a região precisa de mais e melhores recursos humanos – teria muito poucos não fosse o advento da universidade –, mas enfrenta o desafio da diversificação, no qual a relação entre a interação e o conhecimento e a sua translação para as cadeias de valor regionais e nacionais são pedra de toque que se deve consolidar em processos como o polo tecnológico – recentemente lançado –, um novo hospital do Algarve de cariz universitário, entre outras que são vitais para se perpetuar como a força motriz da região.

No fundo, o Algarve seria irreconhecível não fora esta realização. Cabe a todos, sem exceção, prezá-la, promovê-la, cuidá-la, pois só o incessante e incondicional suporte social pode empurrá-la para um caminho de maior afirmação e serviço público.

Aos Governos, aos partidos, a todos compete não desistir de um financiamento adequado, à altura da missão que o ensino superior e a investigação coenvolvem, os quais são, no longo prazo, a maior garantia de progresso económico e social.

 

Deputado do PSD