Europeias. Os contactos de rua de Pedro Marques e a entrada em força dos líderes

Europeias. Os contactos de rua de Pedro Marques e a entrada em força dos líderes


Cabeça-de-lista do PS tem sido acusado de não fazer arruadas e arriscou um café em Évora. Rio entra hoje na caravana de Rangel.


O segundo dia de campanha eleitoral para as eleições europeias de 26 de maio ficou marcado pela entrada de vários líderes partidários em campanha (só faltou Rui Rio, líder do PSD, que entra hoje na caravana social- -democrata) e pelo tema dos incêndios de 2017. Mas a manhã de ontem teve um momento fora da agenda em que o cabeça-de–lista do PS, Pedro Marques, acabou por beber um café na Praça do Giraldo, a mais emblemática da cidade de Évora. O objetivo seria o de uma arruada, depois das críticas do adversário do PSD, Paulo Rangel, de fuga aos contactos de rua. A sugestão partiu de Carlos Zorrinho, o candidato do PS, que aparece em sétimo lugar na equipa. O café não evoluiu propriamente para uma arruada, mas houve conversas de ocasião e os tradicionais apelos ao voto.

Em declarações aos jornalistas, Pedro Marques enquadrou o momento. O café matinal era um ponto de encontro da equipa e as críticas de que tem evitado os contactos de rua (optando pela versão institucional) são fruto das campanhas “quando os outros partidos não têm nada para dizer”, afirmou Pedro Marques, citado pela SIC Notícias. Porém, ainda havia outra questão a responder.

O cabeça-de-lista do PS é candidato a comissário europeu? À pergunta da RTP, Marques acabou por responder: “Posso garantir que sou candidato ao Parlamento. Muito obrigado, vemo-nos na Embraer, até já”. A Embraer foi o outro ponto de passagem do candidato, que seguiu depois para Beja. À noite contou com António Costa, o secretário-geral socialista, num comício em Faro. Figuras como Mário Centeno ou o presidente do Parlamento, Ferro Rodrigues, também entrarão na campanha, mas só na reta final, segundo avançou ontem a Lusa.

Incêndios e SIRESP

O dia de Paulo Rangel começou com um voo sobre as zonas ardidas em 2017 no centro do País e a certeza de que o Governo não foi capaz de resolver o problema com o SIRESP. “Dois anos para tomar esta decisão?”, questionou Rangel, insistindo na “incapacidade e incompetência” do Executivo numa altura em que prosseguem negociações para desbloquear o impasse com esta parceria público-privada para assegurar a Rede Nacional de Emergência e Segurança. Ontem, Rangel foi o único cabeça-de-lista com assento parlamentar que não contou com o líder do partido, mas Rui Rio entra hoje na comitiva, em Lisboa.

Os incêndios de 2017 também não saíram da agenda do CDS. Assunção Cristas, a líder centrista, juntou-se ao cabeça-de-lista Nuno Melo em Oliveira do Hospital para falar dos atrasos na recuperação de casas ardidas. O exemplo de D. Laura, 95 anos, foi dado por Assunção Cristas como um caso em que, “cada vez que o CDS vai ao terreno”, alguma coisa muda. Ou seja, o CDS reclamou os louros da pressão mediática porque esteve, em Dezembro, em Oliveira do Hospital a denunciar os atrasos na reconstrução de casas ardidas nos fogos de outubro de 2017. D. Laura terá casa nova este sábado.

Catarina e Jerónimo

A coordenadora do Bloco de Esquerda também se juntou ontem à cabeça-de-lista Marisa Matias numa viagem de comboio até Beja e acabou por concordar com o Presidente da República por se ter afastado dos dias de crise política criada pelo caso dos professores. Já Jerónimo de Sousa, líder comunista, juntou-se ao cabeça-de-lista da CDU, João Ferreira, num encontro de trabalhadores em Lisboa.

A ocasião serviu para a CDU receber o apoio de 1751 sindicalistas.