Acha que a campanha está excessivamente virada para os temas nacionais?
Está virada para os temas nacionais como é hábito, mas desta vez de uma forma muito intensa. António Costa tem feito tudo para que esta campanha seja dominada pelas questões nacionais e pelos supostos êxitos a governação.
Isso pode desmobilizar o eleitorado?
Não. O eleitorado está mais interessado nas questões nacionais do que nas questões europeias. Um conjunto considerável de pessoas desconhece o impacto que as decisões europeias podem ter no país.
Vai apoiar algum partido nestas eleições?
Vou votar no Paulo Rangel. Não tenho nenhuma dúvida de que é a melhor lista.
Foi vice-presidente do Parlamento Europeu entre 1989 e 1998. Como é que foi essa experiência?
Foi uma oportunidade que tive para alargar os meus conhecimentos à nova realidade que o país estava a enfrentar depois da adesão à União Europeia.
A União Europeia precisa de mudar?
Há dois aspetos importantes. Uma maior transparência e uma maior capacidade para comunicar diretamente com os cidadãos. Outro aspeto importante é desburocratizar para conseguir uma maior democraticidade. Neste momento grande parte do processo europeu é feito de uma forma lenta, burocrática, opaca e pouco transparente. Isso tem de ser alterado.