O Ministério Público (MP) concluiu que mulheres de nacionalidade estrangeira e em situação de permanência ilegal foram exploradas por uma tia, uma sobrinha e outros três arguidos (dois empresários que angariavam as vítimas e uma empresa que geria os estabelecimentos) nos distritos de Aveiro e Coimbra.
De acordo com o MP, uma das arguidas, Adriana, “vivia há muito à custa do ganho das prostitutas”, o que representava “150 a 200 euros, por cada uma, dependendo do serviço”. A mulher tinha explorado a residencial Camélias Club na Mealhada e, mais recentemente, o Impacto Club em Monte Formoso.
As vítimas, que vieram para Portugal com o objetivo de fazer striptease e não de se prostituírem, produziram a quantia de 735 mil euros que agora terá de ser declarada a favor do Estado.
Segundo a acusação, dentro dos estabelecimentos, “as mulheres tinham de cumprir um conjunto de normas bastante apertado, nomeadamente ter um ganho mínimo por semana de 300 euros”. Cada relação sexual era anotada no cartão de consumo de cada mulher com um ‘X’.
Os arguidos são acusados de lenocínio agravado, de um crime de auxílio à imigração ilegal e de um crime de branqueamento. Os crimes terão ocorrido entre 2007 e 2014.