Barcelos combate praga de jacintos no Rio Cávado

Barcelos combate praga de jacintos no Rio Cávado


 O próximo passo é recuperar o espaço peculiar das Lagoas de Caíde


A Câmara Municipal de Barcelos continua a combater a praga de jacintos no Rio Cávado, em colaboração com a Região Hidrográfica do Norte da Agência Portuguesa do Ambiente. O próximo passo é recuperar o espaço peculiar das Lagoas de Caíde.

Inês Andrade, administradora da Região Hidrográfica do Norte da APA, revelou que este é um projeto prioritário, classificando como “notável” o trabalho da Câmara de Barcelos, com base num esforço excecional, que apoiaremos por contrato inter-administrativo ou protocolo”.

Segundo Inês Andrade, “estamos sempre dependentes da dotação financeira que temos e levo daqui boas notas para o conselho direto da APA para conseguirmos um apoio o mais depressa possível, embora reconhecendo que os recursos financeiros não são infinitos”.

Para a Câmara Municipal de Barcelos, através do vereador do Ambiente, José Beleza, “a praga está controlada, mas o processo de recuperação do Rio Cávado é contínuo, sendo que as infestantes estão controladas, devido a um trabalho iniciado em 2017”.

“Queremos um Cávado recuperado e, em especial, colocar ao usufruto de todos as Lagoas de Caíde”, salientou o autarca barcelense, explicando que as Lagoas de Caíde são um espaço comparado às florestas húmidas dos trópicos, onde após a limpeza dos jacintos, passou a ser uma área adotada pelas aves migratórias, abrigo de animais, verificando-se que a fauna e flora ressuscita de dia para dia.

Segundo afirmou o consultor ambiental Pedro Teiga, “hoje já entramos num habitat de zonas húmidas que tem um potencial ambiental enorme, temos que o adequar para começarmos a conseguir trazer pessoas a conhecer o espaço, mas a visitação requer outro tipo de investimentos que podem ser conseguidos em dois ou três anos”.

“Além da questão das exóticas invasoras, temos algumas descargas no Rio Cávado e coordenação hidrológica que advém da gestão da água do rio", referiu ainda o consultor, sabendo-se que o projeto de recolha dos jacintos decorreu ao longo de 14 quilómetros de rio e a título de curiosidade num só dia são em média recolhidos 750 metros cúbitos de jacintos recolhidos.

“O projeto iniciou-se em 2017 e tem em permanência seis pessoas, enquanto nós vamos recebendo voluntários que ajudam”, afirmou o coordenador da ação e limpeza, Armando Carvalho.