A Ordem dos Enfermeiros quer que o Ministério Público investigue a sindicância pedida pela ministra da Saúde, Marta Temido, por suspeitar do crime de falsificação de documentos. A Ordem aponta na providência cautelar entregue ao Tribunal Administrativo de Lisboa que a imparcialidade da Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) não é clara. Aliás, o organismo liderado por Ana Rita Cavaco chega a referir que a posição da IGAS já estava tomada mesmo antes da realização da inspeção. Para exemplificar, a providência cautelar descreve que o documento entregue à Ordem pela IGAS contém datas rasuradas.
Sindicância suspensa
Por agora, a sindicância encontra-se suspensa, uma vez que o tribunal decidiu aceitar a providência cautelar da Ordem dos Enfermeiros. Por sua vez, o Ministério da Saúde tem dez dias para deduzir a oposição, se considerar necessário.
Origens da sindicância
Na semana passada, Marta Temido pediu à Inspeção-Geral das Atividades em Saúde para realizar uma sindicância à Ordem dos Enfermeiros. No fundo, trata-se de uma investigação administrativa para encontrar eventuais anomalias no funcionamento da Ordem.