Pensamos que o Mministério da Defesa Nacional é que deve promover políticas adequadas para o desenvolvimento da Defesa Nacional, com uma actividade visível e uma intervenção, com grande pró-actividade, sobre tudo com iniciativas junto da Juventude Portuguesa.
A Defesa Nacional, é, e deve ser, um projecto para todos, e de todos, e não só para alguns, e, logicamente, deve abranger os dois géneros. Pensamos até que é muito importante a Defesa Nacional, não ignorar, como até ao presente, as mulheres, que são a base essencial, da célula familiar, à volta da qual tudo gira. E é curioso que, salvo raras excepções, as mulheres não sabem defender-se, a si próprias, de agressões físicas, nem sabem manusear armas de fogo.
Pensamos, por isso, e não só, que seria ideal, rapazes e raparigas, no terminus do 11.º Ano de escolaridade, que seria o antigo 7.º do Liceu, terem um 12.º Ano de serviço cívico, substituto do Serviço Militar Obrigatório, em que teriam aulas e actividades práticas e teóricas, desportivas e técnicas de defesa pessoal, coordenação de Protecção Civil, citadina e florestal, campismo, equitação, natação, actividade de bombeiro, com aprendizagem de apagamento de fogos e incêndios, condução de veículos pesados, instrução de tiro, marchas diurnas e nocturnas, orientação por bússula, espeleologia, aulas de sociologia da comunicação, noções de cooperação militar, técnica e prática. Tudo isto orientado pelo Ministério da Defesa Nacional e coordenado pelo ministro.
Aí sim. Teremos um Ministério que fará jús ao nome.
Explicitando melhor: o que se pretende é uma “reforma” que possa mudar a mentalidade da juventude portuguesa e a sua “PRAXIS”, já que o que aprendem nas escolas, até agora, não tem mudado o seu carácter e, sobre tudo, a sua relação com as responsabilidades sociais, colectivas e individuais, no que diz respeito ao comportamento, voluntário, das normas e regras impostas pelas autoridades.
O Ensino Secundário terminaria no 11.º Ano (antigo 7º Ano liceal), seguindo-se um verdadeiro ano propedêutico, à letra, “próprio para instruir” a juventude e dotá-la de “conhecimento” e “do saber fazer”, em áreas, que sendo fundamentais, ignoram em absoluto e que nunca terão, a menos que o Governo através do Ministério da Defesa avance com esta reforma, que só um Governo Social-Democrata poderá concretizar, de forma verdadeiramente democrática por razões óbvias, sendo que uns são liberalizadores, em excesso, e outros, tão centralizadores e totalitários, que tudo se torna incompatível com a Democracia.
Temos para nós que, após 40 anos de actividade pedagógico-docente, no Ensino Superior, e já sem esperarmos nada mais que vermos a nossa juventude e o nosso país ocuparem um lugar de destaque no chamado 1.º Mundo, será possível, a apresentação desta proposta em homenagem àqueles, que no Estado, nos pagaram para “pensar o futuro”. É o futuro que antecipamos aqui!
A Guerra hodiernamente, é um problema tão sério, complexo, complicado e abrangente, de tal forma, que ninguém quer falar nela preferindo, a maioria, ignorá-la, com a consequente impreparação para a enfrentar, se um dia surgir.
Pensamos que esta postura é errada, e não está ajustada a um país desenvolvido e democrático, com uma verba entre 1.5% a 3% do “PIB” para a Defesa Nacional, como a “NATO” reclama dos todos os seus membros.
Ignorar isto é condenar o país, e os seus cidadãos, a serem os futuros servidores subservientes, de potências estrangeiras, certamente totalitárias e antidemocráticas.
…Mas se tivermos, organização, preparação, e conhecimento, além de união e determinação (Nação), poderemos tornar amarga essa “ocupação”, nem que seja através da “guerrilha organizada”.
Sociólogo
Escreve quinzenalmente