Inglaterra. A próxima quarta-feira já ferve em Old Trafford

Inglaterra. A próxima quarta-feira já ferve em Old Trafford


O City de Guardiola, com Bernardo City em alta, aguentou firme o murro no estômago que lhe foi dado pelo Tottenham na Liga dos Campeões e venceu o segundo “round”.


O Campeonato de Inglaterra continua a ser, indubitavelmente, o mais interessante, espetacular e competitivo de toda a Europa. A luta pelo título entre Manchester City e Liverpool vive momentos de golpe e resposta admiráveis, como dois espadachins exibindo a sua técnica mais apurada.

Claro que os dois primeiros classificados vinham de semanas diferentes: afinal, o Liverpool libertara-se do FC Porto com uma perna às costas na sua eliminatória da Liga dos Campeões, ganhando por 4-1 nas Antas e juntando essa vitória à de Anfield (2-0), mas o City vira mais uma vez frustrada a oportunidade de chegar ao grande palco dos semifinalistas da prova ao não conseguir reverter a derrota por 0-1 com que saiu da novíssima versão de White Hart Lane (3-4). Exigiu a jornada 31 que o embate se repetisse e os Spurs voltaram ao Ettihad, agora com outro tipo de obrigações. Perderam mais uma vez, mas esta de perder mesmo, porque não havia eliminatória a festejar, só a consciência de que o golo do jovem Phil Foden, logo aos cinco minutos, entornou os três pontos para o lado dos jogadores de Pep Guardiola. Bernardo Silva foi considerado o melhor homem em campo, mas decidiu entregar o prémio ao seu companheiro Phil.

Por seu lado, o Liverpool foi a Cardiff, no País de Gales, vencer por 2-0, o que demonstra sentir-se tão bem em casa como fora dela. Os golos foram de Wijnaldum (57’) e James Milner (81’, penálti), e a cerradíssima luta mantêm os vermelhos de Klopp na frente do campeonato com 88 contra 86 pontos do City. Com um pormenor importante. Ou melhor: extremamente importante! O Liverpool tem, até quarta-feira, um jogo a mais do que o seu opositor. E aí, no grande dérbi de Manchester, marcado para Old Trafford, as coisas voltam ao seu lugar.

Talvez não haja melhor altura para o City ir ao campo do United. A tremenda derrota sofrida às mãos do Everton de Marco Silva, nada menos de 0-4 em Goodison Park, revela uma equipa em fase de degradação e o treinador Solskjaer começa a ser criticado de forma corrosiva. A forma como Richarlison (13’), Surgurdsonn (28’), Lucas Digne (56’) e Teo Walcott (64’) dinamitaram a defesa dos United foi chocante, tendo valido de consolo a derrota do Arsenal (em casa com o Crystal Palace, 2-3) que mantém a luta pelos lugares que sobram na Liga dos Campeões em aberto.

O facto é que, neste momento, o norueguês é um homem sob as luzes dos holofotes e pelas piores razões. Três derrotas nos últimos cinco jogos, uma defesa de papel que, vejam bem, já sofreu até agora mais 28 golos dos que a dos rivais do Manchester City e que só encontra pior nos fundos da tabela classificativa. Seja como for, está prometida emoção para o dérbi de Manchester que tem um valor muito maior para a equipa de Pep Guardiola. Sobretudo enquanto a Europa lhe vai fazendo negaças e fechando as portas às suas investidas.