Tudo começou quando Rafi foi chamada ao gabinete do diretor da escola que frequentava e este tocou-a várias vezes. Após este episódio Rafi, de 19 anos, decidiu ir à polícia e contar o que tinha acontecido.
As autoridades filmaram o testemunho que mais tarde foi publicado em alguns meios locais e o diretor da escola acabou por ser despedido. Porém o caso não ficou por aqui e vários políticos locais e grupos de pessoas começaram a exigir a libertação do diretor da escola e começaram a ameaçar Rafi e a sua família, segundo conta a BBC.
Alguns dias depois, no dia 6 de abril, Rafi teve de ir à escola para fazer os testes do final de semestre, mas não a deixaram entrar na escola. "Tentei levar a minha irmã à escola, mas não me deixaram entrar", disse Mahmudul Hasan Noman, irmã de Rafi.
E foi o depoimento da irmã que ajudou a polícia a perceber o que tinha acontecido a Rafi. Segundo Mahmudul Hasan Noman, o irmão levou Rafi à escola e esta foi levada por outro estudante para uma sala que a pressionou a retirar a queixa. Depois de esta se recusar foi incendiada.
Segundo a polícia local o objetivo dos assassinos era fazer parecer que Rafi se tinha suicidado. "Um dos assassinos estava a segurar a cabeça dela com a mão e eles não conseguiram chegar combustível a essa parte do corpo. Foi por isso que não lhe queimaram a cabeça", disse a polícia.
Rafi ainda foi transportada para o hospital e quando chegou tinha 80% do corpo queimado. Com medo de não sobreviver a jovem gravou o depoimento no telemóvel do irmão quando estava a caminho do hospital. Rafi acabou por morrer no dia 10 de abril.