A procuradora Cândida Vilar foi constituída arguida após um dos militares acusados no caso dos Comandos ter apresentado no Ministério Público uma queixa-crime por alegada "prevaricação".
A notícia é avançada pelo Público, e revela também que o MP arquivou o inquérito decorrente da queixa do tenente-coronel de infantaria Mário Maia, diretor do curso dos Comandos durante o qual morreram dois recrutas.
No entanto, o militar, que acusa a procuradora de prevaricação, alegando que as detenções que ordenou no caso são ilegais, pediu a abertura da instrução a 25 de fevereiro, ou seja, legalmente Cândida Vilar passa à condição de arguida.
Contactada pelo Público, Cândida Vilar confirmou apenas a sua constituição como arguida, recusando fazer mais comentários.
Com o pedido de abertura de instrução do processo, aceite pelo juiz Rui Teixeira, o militar, segundo o mesmo jornal, pretende reunir provas suficientes para que a procuradora vá a julgamento
Recorde-se que o caso dos Comandos levou 19 militares a julgamento, por decisão do Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa no inicio de março, devido à morte de dois recrutas de 20 anos, sendo que outros também sofreram lesões graves, durante o 127º curso dos Comandos.