Celebrou-se ontem em Lisboa os 70 anos da assinatura do Tratado do Atlântico Norte, que deu origem à NATO. A zona junto ao Padrão dos Descobrimentos, em Belém, parou para acolher uma parada militar – que visava homenagear todos os militares que participaram nas missões da Aliança Atlântica. Os restaurantes fecharam, o trânsito na Avenida Brasília foi cortado e o acesso à zona perto do rio e do Padrão dos Descobrimentos foi encerrado.
Contactada pelo i, fonte oficial do Grupo Portugália Restauração revelou que no passado dia 30 de março receberam “um despacho a dar indicação de que as estradas iriam estar cortadas e que teriam que fechar no dia 4 de abril [ontem]”. A mesma fonte adiantou ainda que a Portugália em Belém esteve fechada até às 17h de ontem, tendo aberto por volta dessa hora.
O despacho “chegou através da Câmara Municipal de Lisboa e, a informação que está no despacho é a de que existia uma restrição do horário de funcionamento de estabelecimentos situados no perímetro do evento, onde se inclui a Portugália, entre as 11h e as 17h”, revelou a mesma fonte.
Ao i, fonte oficial da Câmara Municipal de Lisboa confirmou o envio do despacho. “Por razões de segurança era necessário haver aquela restrição durante aquele período”, disse, acrescentando que o documento foi enviado em “articulação com o Comando Metropolitano de Lisboa da PSP”.
A mesma fonte do Grupo Portugália disse ainda que o facto de o despacho só ter chegado no sábado acabou por complicar a logística e gestão do restaurante. “O aviso chegou um bocadinho em cima da hora”, considerou a mesma fonte, acrescentando que “as coisas são feitas com alguma antecedência”. “Há reservas de grupos e de alguns turistas com duas ou três semanas de antecedência e, portanto estes grupos tiveram de ser avisados que não poderiam ir e que a loja estaria fechada”, disse.
Questionada se a Portugália iria receber algum tipo de compensação a resposta foi clara: “Não há qualquer compensação”.
Perímetro de segurança Ao i, fonte oficial da PSP revelou que a operação de segurança já estava a ser preparada há três meses: “Esta operação de segurança começou a ser preparada em janeiro”.
“Atendendo ao evento e uma vez que estava presente o senhor Presidente da República e também várias entidades quer nacionais quer estrangeiras, fizemos um planeamento de segurança no local”, explicou. A segurança à beira rio foi garantida pela Polícia Marítima e a PSP encarregou-se da segurança do restante perímetro. “Antes da montagem das tribunas e dos esquema de segurança houve também umas buscas” para verificar se existia ou não explosivos na zona, adiantou a mesma fonte. No final, “correu tudo muito bem”, concluiu.