Lei contra censura nas universidades: Trump é o Presidente da liberdade e da defesa da Constituição


Seja no Estado, seja no controlo e direção de poderes fácticos, seja no governo de escolas e universidades, onde quer que o esquerdismo impere, há uma comunidade de homens e mulheres sonhadores da liberdade que desesperam.


1. O Presidente Trump está mais forte e popular do que nunca, como provam os seus elevadíssimos índices de aprovação (que já atingem os 93% na base eleitoral típica do Partido Republicano e 52% no eleitorado em geral). E a atividade do Presidente norte-americano tem sido frenética. Foquemo-nos hoje na muito relevante medida político-legislativa adotada pelo Presidente dos EUA na semana transata: doravante, as universidades e faculdades que recebem fundos federais terão de respeitar o direito à liberdade de expressão de todos os seus alunos. Reiteramos: de todos os alunos, sem exclusões ideologicamente motivadas. Tal iniciativa de defesa da liberdade de expressão no meio universitário decorre da censura institucionalizada em diversos estabelecimentos de ensino, em todo o país, à expressão de qualquer ideia, doutrina ou simplesmente convicção que não seja de esquerda.

2. Qualquer desvio ao politicamente correto, ao sistema doutrinário e ideológico dito progressista (que já não é apenas dominante, é asfixiante), tem merecido duras repreensões das direções académicas e induzido à violência no interior do campus. Violência, essa, que tem passado incólume, sem castigo – gera-se assim, por conseguinte, uma perceção geral de impunidade e até de aceitabilidade da coerção entre pares motivada apenas por legítimas divergências de pensamento. Pense-se, por exemplo, no caso da estudante da Universidade do Michigan que organizou uma iniciativa, no dia de São Valentim, de difusão dos ideais religiosos em que acredita, oferecendo aos seus colegas cartões com o desejo de que o amor de Jesus os acompanhe sempre ao longo da vida. Pois bem, o diretor da faculdade considerou que a referência a Jesus poderia constituir uma ofensa para os restantes colegas, pelo que proibiu a distribuição dos mencionados cartões. Ou o exemplo da Universidade de Miami, em que uma aluna foi admoestada por pertencer a uma associação que ajudava jovens mães, que apelava à defesa do direito à vida – e por essa razão estaria, segundo o juízo dos responsáveis daquela universidade da Florida, a proferir uma mensagem suscetível de ser ofensiva para uma parte da comunidade estudantil.

3. Já para não evocar o caso da conferência sobre a história do Estado de Israel organizada por uma associação de alunos pró-Israel que teve de terminar abruptamente, face aos protestos violentos de grupos de estudantes hostis a Israel: os desacatos e a violência destes jovens totalitários e fanáticos passaram, novamente, incólumes. Tratando-se de estudantes de esquerda, a violência é relativizada, senão mesmo incentivada; acaso fossem estudantes de direita, a violência seria severamente punida e concitaria a atenção dos média nacionais. No fundo, os recalcitrantes à esquerda são sempre heróis e ativistas; os empenhados civicamente que acreditam que há muito (e melhor) vida para além dos dogmas marxistas-socialistas – mesmo que só pratiquem esse ato de suprema ousadia que é pensar livremente – são sempre vilões ou terroristas. Aqui também se revela, em todo o seu esplendor, a lamentável (e perigosa) prepotência e sentimento de superioridade da esquerda. Seja no Estado, seja no controlo e direção de poderes fácticos, seja no governo de escolas e universidades, onde quer que o esquerdismo impere, há uma comunidade de homens e mulheres sonhadores da liberdade que desesperam.

4. Defender, pois, a plena aplicação da 1.a Emenda Constitucional dos EUA impõe–se como uma medida de elementar justiça e de inegável interesse público: as universidades – locais por excelência de liberdade noutros tempos, verdadeiros esteios da liberdade de pensamento e da criatividade sem barreiras intelectuais espúrias – não poderão tornar-se instituições dominadas pelo medo, pelo caos e pela superioridade das “minorias barulhentas” que manipulam os “templos do saber” em função dos seus interesses e conveniências partidárias, tornando-os meros “templos do poder”. O Presidente Trump – que foi, pela comunicação social habitual, anunciado como um “ditador em potência” (lembram-se dessas tontarias?) – prova, afinal, que é o Presidente da liberdade: república democrática que tolere ataques à liberdade de pensamento e de expressão dos seus cidadãos mais não é do que mera proclamação lírica, uma figura de retórica para iludir o povo de que reserva algum poder para si. Não poderá ser uma República, pois o fim último dos ataques à liberdade de expressão consiste na subordinação da maioria à vontade e às engenharias sociais das minorias barulhentas, que buscam na (suposta) legitimidade académica o que não logram alcançar pela legitimidade conferida pelo voto. Não é certamente uma democracia: a democracia pressupõe liberdade na formulação de juízos sobre a vida da nação e a ausência de coação ou chantagens psicológicas ou materiais em função das convicções individuais de cada um de nós.

5. Como salientou o Presidente Trump, na sessão de assinatura da executive order em defesa da liberdade de expressão nos meios universitários, defender a 1.a Emenda é defender a essência dos valores americanos; a liberdade de expressão é a mais lídima manifestação da personalidade, a nossa assinatura mais efetiva no governo da pólis, a liberdade das liberdades. Isto não significa, porém, a mera substituição de pessoas e orientações políticas dominantes, mantendo os vícios do sistema: o repúdio aos ataques à liberdade de expressão em contexto universitário não é contingente em função dos seus autores. A tutela e aplicação da executive order assinada pelo Presidente Trump, no passado dia 21, beneficia tanto a esquerda como a direita. Quem ganha? A democracia e a liberdade. Quem perde? As vanguardas revolucionárias que se apoderaram das universidades para aí construir um “novo homem” para uma “nova civilização”. Universidade que não assegurar a proteção do direito constitucional à liberdade de expressão dos seus alunos não merecerá qualquer contribuição financeira do Governo federal – com o Presidente Trump, a Constituição dos EUA não é uma mera folha de papel para as elites revolucionárias (mais ou menos green) a preencherem – é, isso sim, a derradeira barreira contra o arbítrio e a primeira arma de defesa da liberdade e das nossas liberdades.

6. À atenção daqueles que acham, mesmo em Portugal, que a universidade é uma mera antecâmara de projetos de poder, uma estrutura ao serviço do partido que confunde interesse público com o seu interesse próprio. Os censores têm de ser combatidos, estejam onde estiverem.

 

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