Passes: PSD acusa governo de “medida eleitoral como nunca se viu”

Passes: PSD acusa governo de “medida eleitoral como nunca se viu”


O líder parlamentar do PSD, Fernando Negrão, acusou o governo de eleitoralismo ao considerar que a apresentação do passe social único é “uma medida eleitoral como nunca se viu”. Primeiro-ministro respondeu que os sociais-democratas são contra a medida. 


O líder parlamentar do PSD, Fernando Negrão, considerou esta terça-feira que o anúncio de passe social único "é uma medida eleitroal como nunca se viu" e que o governo dá o documento, o passe ao utente "mas não lhe dão os transportes públicos". O deputado social-democrata questionou António Costa se consegue assegurar que há transportes públicos para a procura. 

"O senhor criou o passe único, mas os transportes públicos propriamente ditos estão em concurso público e os portugueses que se amanhem", atirou Fernando Negrão.

O primeiro-ministro começou por dizer que o seu governo investiu "cinco vezes mais em transportes" do que o anterior executivo. Costa começou por recordar as medidas já implementadas, mas perante o burburinho da bancada do PSD, o chefe de Governo acabou por não concluir o raciocínio. "Pronto, os senhores deputados já estão esclarecidos", atirou.

Fernando Negrão , líder parlamentar do PSD, pediu para Costa continuar porque não estava esclarecido. Após um momento de impasse, os sociais-democratas recordaram o passado, com um governo PSD/CDS a ter de trabalhar com troika e o "país em bancarrota", um ónus que o atual executivo não tem.

Costa assegurou que a medida "dos passes sociais aplica-se a todo o país" e não só em Lisboa. 

Negrão ainda levantou o tema do aumento dos comubstíveis, o sexto desde novembro de 2018, e acusou o governo ter anunciado a descida do imposto sobre a gasolina, mas aumentando a taxa de carbono. Perante a acusação, Costa contra-atacou: "Primeiro são contra o passe social único e por isso dizem que é só para Lisboa. Quando percebem que afinal é para todo o país falam de gasolina e até dão de barato que existam investimentos".