O Banco Montepio fechou 2018 com lucros de 12,6 milhões de euros, um aumento de 96,5% face a 2017, onde apresentou resultados positivos de 6,4 milhões de euros. Embora os lucros tenham sido positivos, foram negativamente afetados por vários fatores.
Os resultados do banco podiam ter sido o dobro não fosse a coima aplicada pelo Banco de Portugal no valor de 2,5 milhões de euros. A alienação do Banco Terra Moçambique, que reduziu o lucro em 3,7 milhões de euros, a venda de uma carteira de crédito em incumprimento que valeu ao banco a redução do lucro em 8,4 milhões de euros e o custo da cobertura cambial de uma participação em reais para preservação de capitais, no montante de 4,1 milhões de euros, foram outras das causas que levaram a que os lucros não alcançassem os 30 milhões de euros.
“No final de 2018, os depósitos de clientes atingiram 12.566M€ e o crédito a clientes (bruto) situou-se em 13.078M€, refletindo uma diminuição de 7,0% face ao valor de 2017”, escreve o banco, “determinado pelas reduções das carteiras de crédito à habitação e às empresas, bem como pelo abate da carteira de crédito em incumprimento”.
Na apresentação destes resultados, Carlos Tavares, chairman do banco, informou que o montepio irá recorrer da decisão de contraordenação que levou à multa de antigos administradores, como Tomás Correia e Almeida Serra. Carlos Tavares foi ainda perentório ao negar que o motenpio irá pagar os processos judiciais relacionados com o banco, como proposto por Tomás Correia e aprovado há um ano em assembleia geral.