MUITA GENTE A direção do clube entendeu que não, oferecendo-lhe um contrato por três anos. E isso já não entendo. Por que razão os clubes não vão mais devagar, fazendo contratos mais curtos? O lógico seria o Benfica fazer com Lage um contrato até ao fim da época, renovável por um ano.NOTE-SE QUE EUO PRIMEIRO COPOMas há mais pontos de contacto entre Lage e Keizer, para lá da entrada em grande estilo. Designadamente, apostarem em jogadores novos, pondo todo o plantel a mexer. Com a quantidade de jogos que os grandes clubes têm hoje de disputar, começa a não fazer grande sentido o conceito de ‘equipa-base’. Os jogadores têm grande desgaste, sofrem lesões com frequência, há muitos castigos, pelo que a equipa tem de estar sempre a mexer. Além de que, deste modo, se mantêm todos os jogadores motivados.Ora, tal como Keizer no Sporting lançou jogadores que quase não contavam – como Wendell, Jefferson ou Diaby – Bruno Lage no Benfica foi à fábrica do Seixal que ele conhecia bem e lançou ou relançou na fogueira João Félix, Ferro, Corchia, Florentino, Gedson, etc.LAGE E KeizerPor estas razões, acho que Benfica e Sporting fariam sempre bem em manter os treinadores até ao fim da época e dar-lhes oportunidade de ficarem mais um ano, até porque ambos entraram a meio da temporada. Ir além disso, como fez o Benfica, acho um erro, até porque ninguém adivinha o futuro e uma série de maus resultados deita inevitavelmente um treinador abaixo. E depois lá vem a malfadada indemnização…MUITA GENTE já se deve ter lembrado de estabelecer um paralelo entre os dois treinadores. Aliás, quando Lage substituiu Rui Vitória e o Benfica começou a golear, alguns adeptos encarnados não podem ter deixado de se interrogar: e se Lage for igual a Keizer, com entradas de leão mas depois um regresso à apagada e vil tristeza?
A direção do clube entendeu que não, oferecendo-lhe um contrato por três anos. E isso já não entendo. Por que razão os clubes não vão mais devagar, fazendo contratos mais curtos? O lógico seria o Benfica fazer com Lage um contrato até ao fim da época, renovável por um ano.
NOTE-SE QUE EU até defendo a estabilidade e acho boa a tradição inglesa (que está a perder-se) de os clubes manterem os treinadores por longos anos. Mas todos sabemos que em Portugal não é assim. Os treinadores são invariavelmente despedidos a meio dos contratos. Nesta medida, os contratos longos só servem para os clubes terem de pagar pesadas indemnizações. Não servem para mais nada. Há treinadores que enriquecem à custa de indemnizações. Nesta perspetiva, considero que o contrato de três anos com Bruno Lage foi um ato de má gestão.
O PRIMEIRO COPO de água fria na onda de entusiasmo que se criou à volta de Lage foi o empate com o Galatasaray. Quando todos esperavam na Luz uma festa europeia, com muitos golos e grande espetáculo, o resultado foi um frustrante 0-0. E o único golo marcado (e mal anulado) foi dos turcos.
Mas há mais pontos de contacto entre Lage e Keizer, para lá da entrada em grande estilo. Designadamente, apostarem em jogadores novos, pondo todo o plantel a mexer. Com a quantidade de jogos que os grandes clubes têm hoje de disputar, começa a não fazer grande sentido o conceito de ‘equipa-base’. Os jogadores têm grande desgaste, sofrem lesões com frequência, há muitos castigos, pelo que a equipa tem de estar sempre a mexer. Além de que, deste modo, se mantêm todos os jogadores motivados.
Ora, tal como Keizer no Sporting lançou jogadores que quase não contavam – como Wendell, Jefferson ou Diaby – Bruno Lage no Benfica foi à fábrica do Seixal que ele conhecia bem e lançou ou relançou na fogueira João Félix, Ferro, Corchia, Florentino, Gedson, etc.
LAGE E KEIZER parecem ter o mesmo gosto de dar oportunidades aos jovens ou aos menos usados. De pôr o plantel todo a jogar, mesmo correndo riscos. E isso é muito saudável.
Por estas razões, acho que Benfica e Sporting fariam sempre bem em manter os treinadores até ao fim da época e dar-lhes oportunidade de ficarem mais um ano, até porque ambos entraram a meio da temporada. Ir além disso, como fez o Benfica, acho um erro, até porque ninguém adivinha o futuro e uma série de maus resultados deita inevitavelmente um treinador abaixo. E depois lá vem a malfadada indemnização…