O referendo à nova Constituição cubana teve a participação de mais de 80% dos 8,7 milhões de eleitores do país. Os cidadãos puderam observar a contagem dos votos, tendo o jornal independente “El Toque” pedido aos leitores que verificassem o processo, e tendo noticiado um apoio esmagador ao “sim”. O mesmo foi relatado por Yoani Sánchez, uma das mais conhecidas dissidentes cubanas, que enfrentou insultos de apoiantes do governo para poder verificar a contagem. As previsões apontam para um apoio de entre 70% e 80% dos à nova Constituição do país.
O novo documento formaliza alterações económicas em Cuba, reconhecendo a propriedade privada e o investimento estrangeiro. Reconhece também o direito à identidade de género, ao acesso à internet. Mantendo, no entanto, o sistema de partido único.
O debate sobre a revisão constitucional dominou a política da ilha nos últimos meses. O governo apresenta-a como a continuidade do legado de Fidel Castro, enquanto a oposição crítica a manutenção do regime de partido único. Grupos evangélicos e católicos manifestaram-se contra a menção ao casamento por pessoas do mesmo sexo, que acabou por ser retirado do documento.