De fevereiro e de 2019.
Em Sepang, que é como quem diz na Malásia.
Lá dez da manhã, cá pelos nossos lados duas da matina.
Ao que nos obrigas paixão falcoeira, coisa de seguir o nosso menino 88, de lhe afinar as ganas e de o amparar na subida da escadaria.
É isso, é disso que se trata, de subir uma vasta escadaria, senão longa pelo menos íngreme e sinuosa.
No primeiro dia, que no caso foi o sexto do mês de Fevereiro do ano que vai correndo, nesse primeiro dia imaginámos que qualquer degrau seria bem subido, tudo novo e tudo de novo por ali, tirando uns diazitos em Novembro passado, ele é a mota que é um monstrinho voador a requerer cuidados máximos e ousadias ainda maiores, à mínima distração do artista e pode sair uma égua, ai que afinal já saiu e tudo, ele é a equipa Tech3 e seu guru Hervé Poncharal, que irá perguntar tudo, quererá saber tudo, indagará, vasculhará, espiolhará, para criar as coisas ao jeito daquelas mãos de ouro.
E no primeiro dia lá foi entregue a carta a Garcia, bateu-se o tempo de Hafizh, cidadão daqueles lados, da família dos Syahrin, e perguntem na terra se sabem quem são, e que sim, que todos sabem, e agora conhecem Oliveira também.
E depois do primeiro, o segundo.
Ao primeiro dia e ao primeiro objetivo seguiu-se, como mandam a matemática e o calendário, o segundo.
E lá veio a aproximação a Pol Espargaró, antigo campeão do mundo na categoria de Moto 2, já com cinco anos de experiência em Moto GP, lá ficaram apenas umas curtinhas três décimas.
E depois? Guardado para o terceiro dia estava uma vizinhança próxima a um Zarco também ele ex-campeão, também ele com alguma ciência de MotoGP bem guardada., também ele gente graúda.
E se a este separaram três décimas a Pol distanciavam agora dezanove centésimas.
Mais ainda, cerejando o topo do bolo, baixando a barreira do duplo minuto.
Resumindo e baralhando, estas nuances de curvas a duzentos e tal e de bocadinhos de tempo no crono, estas nuances foram o que ocupou o tempo, o sono e atenção de um cada vez maior exército seguidor, que teima e teimará em estar lá com o Miguel, seja onde for ou a que horas acontecer.
E, justiça seja feita, disso se parece ter apercebido uma comunicação social que vai desvendando em cima do acontecimento as peripécias temporais e geométricas de um guerreiro e dentista voador permanentemente debatido e escrutinado num mundo cibernauta que a todos une e informa … ao milésimo.
Talvez por isso não seja de estranhar, as toneladas de informação trocada e teclada por entre as duas da madrugada, hora de encerrar alguns expedientes e serões caseiros, e as dez da manhã, quando muitos ainda enfrentam o trânsito pré-laboral.
Quantos megabytes de Miguel Oliveira não terão sido passados, informados, trocados, esperançados, desejados, acelerados?
Em minha opinião, e corrijam-me se estiver errado um mundão deles, um mundão cada vez maior.
E posto isto … venham de lá o 23,24 e 25 deste mês, que a malta já não passa sem isto.