O novo partido Aliança, criado por Pedro Santana Lopes, terá o seu primeiro congresso este fim de semana, em Évora, tendo mais de mil pessoas inscritas, entre delegados, observadores e convidados, para participar no encontro.
A reunião magna servirá para eleger os novos órgãos do partido e definir a estratégia para as eleições europeias, regionais da Madeira e as legislativas, além de aprovar os estatutos e a declaração de princípios.
Na moção de estratégica global – “Um país às direitas” – que o antigo líder do PSD levará a votos, Santana Lopes promete listas próprias em todas as eleições, mas deixa a porta aberta à “constituição de uma coligação pós-eleitoral, que assegure uma nova maioria no parlamento, apta a dar suporte a uma alternativa democrática e patriótica de governo”.
Apesar do discurso oficial do partido ser o de uma força política de “gente comum”, um militante da Madeira – Celso Pereira Nunes – queria ver debatida a sua própria moção de estratégia. A moção, intitulada “Desenvolver Portugal”, não será discutida, enquanto tal.
Ontem, Pedro Santana Lopes procurou acautelar eventuais problemas no congresso, por causa deste caso, noticiado pelo “Público”, e defendeu que haverá tempo para “todos” falarem, nem que se prolonguem os trabalhos pela madrugada de domingo, 10 de fevereiro, o segundo de congresso. “Em Évora todos são livres de falar e defender moções, hinos, propostas, o que quiserem. E eu faço questão de os ouvir a todos, venham do continente, das Ilhas, das Comunidades”, escreveu Santana Lopes na rede social Facebook, o espaço mais usado pelo partido desde a sua fundação. Na nota pessoal, o líder da Aliança assegurou que o congresso será a “Festa da Liberdade” e que se realizará, todos os anos, uma iniciativa similar dedicada a temas como a cultura ou a inovação.
“Não é um partido de ninguém”, sintetizava ao i uma fonte do partido, perante o facto de se poderem, ou não, discutir outras moções, além da de Santana Lopes , com o título “um país às direitas”.
O i quis saber quantos militantes existem, neste momento, mas segundo fontes do partido, esses números não estão, para já, contabilizados. A versão oficial é a de que “serão milhares”. De acordo com a lista de delgados, o número de militantes superam os 1200. Durante o fim de semana, os congressistas da Aliança terão de eleger a direção política nacional, a mesa do senado nacional e senado nacional, (próximo de um conselho nacional, o chamado órgão máximo entre congressos), a comissão de jurisdição e o gabinete de auditoria.