A Frente Cívica enviou esta sexta-feira, uma carta ao presidente do Conselho de Administração da Fundação Centro Cultural de Belém, ao presidente do Conselho Diretivo da Fundação Centro Cultural de Belém e ao administrador da Fundação de Arte Moderna e Contemporânea – Coleção Berardo.
"A opinião pública nacional teve conhecimento, nos últimos tempos, de que a coleção do Museu Coleção BERARDO foi entregue como garantia pelos empréstimos de muitos milhões de euros que a Caixa Geral de Depósitos, o BES e o BCP concederam ao Comendador José Manuel Rodrigues Berardo. Só na Caixa Geral de Depósitos, estes empréstimos orçam em 320 milhões. Situação semelhante ocorre no Banco Comercial Português e no BES", começa por explicar a Frente Cívica.
No documento, a associação afirma que "face à iminência da execução dessas garantias pelos bancos credores" e tendo em conta o "descrédito público generalizado da pessoa do cidadão José Berardo, vimos propor que o nome 'Berardo' seja suprimido de toda a documentação de promoção ao Museu que ocupa as instalações do Centro Cultural de Belém", sugerindo que o nome "seja de imediato retirado da frontaria do Centro Cultural de Belém".
"O nome poderia eventualmente ser substituído pelos logotipos da CGD do BCP, na medida em que estes bancos são fundadores iniciais da Fundação Centro Cultural de Belém", diz a associação, afirmando que essa substituição seria provisória até que "aquado da execução do confisco definitivo da coleção de arte moderna e contemporânea, se determine quem será o futuro detentor do património artístico em apreço".
A Frente Cívica termina dizendo que a sugestão será levada de bom grado e que o objetico "é apenas e tão só a defesa do bom nome do CCB e do Ministério da Cultura de Portugal". "Há, além de tudo o mais, que prevenir a chacota internacional decorrente do facto de o CCB promover na sua frontaria a dois dos fundadores iniciais da Fundação Centro Cultural de Belém", remata.