Foi marcada para dia 18 de fevereiro uma nova reunião com todas as partes envolvidas na construção da nova ala pediátrica do Hospital de São João, no Porto.
Esta notícia surge depois de na semana passada a Associação O Joãozinho ter revelado à Lusa que iria avançar com uma ação judicial no próximo mês. O seu objetivo é obrigar o hospital a desocupar o terreno para a nova ala pediátrica, com vista ao arranque das obras.
Já no início deste ano, a associação tinha enviado uma carta ao hospital. Nesse documento era sugerido que a associação, em sintonia com ao consórcio construtor, arrancasse com as obras até que o hospital estivesse “em condições” para as assumir. Na mesma nota, o presidente da associação, Pedro Arroja, propôs ainda que a unidade hospitalar do Porto procedesse à desocupação do terreno da futura ala pediátrica para que a obra andasse para a frente.
Ontem, em declarações aos jornalistas, Jorge Pires, porta-voz da Associação Pediátrica Oncológica do Hospital de São João, referindo-se ao facto de a responsabilidade da obra passar das mãos da associação O Joãozinho para o hospital, disse que “é preciso fazer alguma coisa construtiva e de uma maneira que ninguém fique mal na resolução deste problema”.
O responsável disse ainda que ontem se dirigiu até ao Ministério da Saúde para tentar contornar este problema e que a ministra se mostrou disponível para o resolver, com o objetivo de que a obra arranque “o mais rapidamente possível”. “Esta reunião foi sugerida até pela senhora ministra e nós achamos que é boa ideia”, completou.
Desde 2008 que a ala pediátrica do hospital está a funcionar em contentores. No ano passado, a polémica esteve na ribalta e finalmente houve desenvolvimentos: foi aprovada pelo parlamento uma proposta de alteração ao Orçamento de Estado 2019 do PS que previa a possibilidade de recorrer a ajuste direto para a construção da ala.
No início deste ano, a administração do hospital – que entretanto já apresentou um pedido de renúncia – revelou que as obras deverão avançar no segundo semestre deste ano. Por esse motivo, o porta-voz da associação admitiu que é preciso “tratar disto como deve ser porque há protocolos assinados e têm de ser assinados novos protocolos que desvinculem os anteriores”.