Estivadores. Acordo no porto de Setúbal orgulha responsáveis políticos

Estivadores. Acordo no porto de Setúbal orgulha responsáveis políticos


Ana Paula Vitorino afirmou que Porto de Setúbal tem agora as mesmas condições que os restantes portos


O acordo que permitiu a integração de 56 dos 90 estivadores precários nas empresas Operestiva e Setulsete mereceu palavras de apreço por parte da Ministra do Mar. 

Esta terça-feira, Ana Paula Vitorino afirmou durante a audição parlamentar na Comissão de Agricultura e Mar, que o acordo assinado em dezembro entre o Sindicato dos Estivadores e da Atividade Logística (SEAL) e as empresas de trabalho portuário de Setúbal é uma situação que “orgulha” os responsáveis políticos. 

“Quero que fique bem claro que não há cedências desastrosas do Governo, porque o Governo não negociou cláusulas. Patrões e sindicato negociaram cláusulas e houve cedências de parte a parte, como é natural. Fizeram o acordo que entenderam”, afirmou. 

 “Temos hoje uma situação no Porto de Setúbal diferente da que tínhamos em 29 de novembro”, referiu e deixou claro que hoje a situação no porto de Setúbal é “semelhante à que existe nos outros portos nacionais”. Sobre este porto, a ministra disse ainda que durante muitos anos “prevaleceu no Porto de Setúbal aquilo que era uma longa tradição no setor portuário” no que diz respeito à contratação deste tipo de trabalhadores.

Depois de assinado o acordo, o sindicato dos estivadores prometeu continuar a lutar para que se chegue a soluções “equilibradas e duradouras” em todos os portos para garantir “um tratamento digno para todos os estivadores e trabalhadores portuários do país”. 

No que diz respeito ao carregamento de um navio com carros da Autoeuropa durante a greve dos estivadores, Ana Paula Vitorino deixou claro que  não foi cometida qualquer ilegalidade.

“Houve um navio para o qual foi solicitado o trabalho dos estivadores para o horário normal e a greve era apenas às horas extraordinárias” e não havendo trabalhadores a Autoeuropa foi obrigada a recorrer a outras empresas que fornecessem portos como o de Lisboa, explicou.

“Os trabalhadores não estavam a furar a greve que todos eles tinham certificado e contrato”, garante a ministra que conta que nesse mesmo dia foi solicitada uma inspeção à Autoridade para as Condições de Trabalho (ACT). 

A ministra confirmou ainda que estavam aprovados “51,9 milhões de euros em investimentos produtivos, 24,5 milhões de euros em inovação e 3,9 milhões de euros em aconselhamento/consultoria ao aumento da capacidade produtiva em aquicultura”.