Esta segunda-feira, durante a tomada de posse de Amadeu Guerra como procurador-geral distrital de Lisboa, Lucília Gago, a procuradora-geral da República (PGR), elogiou as competências de Amadeu Guerra, mas lamentou que o responsável não se tivesse mantido no seu cargo anterior – como diretor do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP).
Segundo o “Observador”, as escolhas de Lucília Gago para ocupar o lugar de procurador-geral distrital de Lisboa não agradaram ao Conselho Superior do Ministério Público (CSMP), visto que os candidatos propostos não tinham reunido a maioria dos votos. Por essa razão, uns dias antes da reunião com o Ministério Público (MP), a gestão do mesmo pediu a Lucília Gago para incluir o nome de Amadeu Guerra na sua lista, mas esta recusou. Uma das razões apontadas por Lucília Gago, segundo uma declaração de voto, publicada no site da Procuradoria-Geral da República, foi os “elevados constrangimentos” para “as relevantes e complexas investigações criminais em curso” no DCIAP.
Hoje, durante o seu discurso, a responsável alertou ainda que o combate à corrupção não irá ser esquecido. “Desengane-se quem ache que o combate à criminalidade económica e financeira esmorecerá. Será necessariamente dada continuidade a este trabalho numa trajetória, não só de consolidação dos avanços alcançados, mas também da progressão”, completou.
Já Amadeu Guerra, na cerimónia, agradeceu ao CSMP pela escolha e a Joana Marques Vidal, antiga PGR, por ter reconhecido o seu trabalho.
O responsável disse ainda que vai ocupar este novo cargo “com muito entusiasmo”.