Principais entraves  e incentivos em Portugal

Principais entraves e incentivos em Portugal


Rede de carregamento e pouca autonomia afastaram compradores


Ainda que a venda de carros elétricos tenha disparado e que esta solução conte com um grande aumento da procura, a verdade é que sempre houve entraves. Em maio de 2016, por exemplo, o governo pretendia acelerar a conclusão da rede de carregamento de carros elétricos, cuja escassez tinha sido considerada um dos principais entraves para a compra de um carro elétrico. Foi então anunciada a rede Mobi. Com este investimento, António Costa queria retomar a iniciativa “num domínio que esteve praticamente esquecido nos últimos quatro anos”. A rede foi lançada em 2010 por José Sócrates, mas esteve parada durante o governo de Passos Coelho.

Recorde-se que nos dois governos Sócrates chegou a ser oferecido um incentivo de cinco mil euros na compra de carros elétricos, valor que poderia chegar aos 6500 euros se incluísse a entrega de veículo antigo. Estes apoios foram interrompidos com a mudança de Governo para a direita, em 2011. Mas, no final do mandato do PSD-CDS, a reforma da fiscalidade verde acabou por dar um novo impulso ao mercado.

Um novo pacote de medidas entrou em vigor em 2015 e, apesar de não ser tão generoso como o programa anterior, deu um novo alento à venda de automóveis elétricos, que disparou 241% face ao ano anterior. Este mercado voltou a sofrer um abanão em termos de benefícios. Os incentivos fiscais à compra de carros elétricos sofreram uma redução com a entrada em vigor do novo Orçamento do Estado (OE2016), comparativamente com o que estava preconizado na lei da fiscalidade verde.

A aposta nos incentivos a esta solução continuou em cima da mesa e 2018 foi um ano de reforço. Este ano, os incentivos mantém-se. De acordo com o Orçamento do Estado para este ano, este incentivo vai continuar a ser um apoio de 2250 euros por automóvel, limitado ao número de pedidos: os primeiros 1400.

Outro problema que sempre foi apontado era a fraca autonomia das baterias. Por norma, as baterias não conseguem autonomias superiores a 200 quilómetros, o que faz com que este tipo de veículos seja usado essencialmente para deslocações curtas e sobretudo urbanas. Agora, as marcas prometem mais quilómetros.