Dos nossos sonhos


Sempre achei uma certa piada aos sonhos que comia em casa dos meus avós no Natal. Porque sempre fui um sonhador e porque sempre acreditei em qualquer coisa que me remetesse para um mundo que aprendi a construir com a felicidade que me foi proporcionada em casa, mas também com o conforto dos meus amigos…


Sempre achei uma certa piada aos sonhos que comia em casa dos meus avós no Natal. Porque sempre fui um sonhador e porque sempre acreditei em qualquer coisa que me remetesse para um mundo que aprendi a construir com a felicidade que me foi proporcionada em casa, mas também com o conforto dos meus amigos e a ilusão dos desenhos animados. Foi isso que me levou desde cedo a criar um personagem imaginário com quem costumo falar até hoje. Há quem diga que fala sozinho, eu não. Em todas as alturas mais determinantes da minha vida falo com algo ou alguém que me responde do outro lado, me chama à razão e me aconselha a tomar as decisões mais importantes. Foi essa a minha companhia no escuro que sempre esteve ali, era eu uma criança.

Hoje em dia, por esta altura do Natal que me diz tanto, seja pelas memórias passadas ou, lá está, pelo que acredito que há de vir, não consigo deixar de escrever sobre isso, sobre sonhar e sobre aquilo que é acreditar em alguma coisa desejavelmente melhor. Tudo o que me remete para esta época faz–me sentir bem comigo e pede–me a toda a hora para tentar ser tudo aquilo que desejo, seja nos comportamentos que tenho com os outros seja, sobretudo, comigo próprio. Muito mais que a passagem do ano que, sinceramente, nunca foi data a que tivesse dado grande relevância.

É precisamente sobre acreditar e sobre o espírito que nos ilumina para sentimentos positivos que devemos todos refletir. Seja para acreditarmos que vamos receber aquele presente, quando somos mais novos, como depois disso por termos a capacidade de “pedir” que se concretize aquele desejo que pode vir de determinadas formas. O familiar que está doente e que queremos que melhore, o sucesso profissional, a loucura da viagem que temos por fazer, as relações pessoais que precisamos melhorar… Cá dentro há qualquer coisa a que uns chamam alma, outros essência, fé ou energia, que nos dá uma secreta esperança de que sim, é possível vermos concretizados esses nossos sonhos, até porque o dia em que deixarmos de acreditar é o dia em que escolhemos deixar de viver e essa é, provavelmente, a pior das doenças que nos podem tomar.

É obvio que se olharmos de uma forma estritamente racional, vamos ver uma razão lógica para tudo, mas de uma forma racional não conseguimos também arranjar forças para mudar. Nem é preciso muito, às vezes é aquele esforço extra, aquela atitude, a motivação. Como dizia o anúncio do Danoninho, por vezes só falta mesmo “um bocadinho assim…”. Todos nós temos problemas e mil e uma razões para nos fecharmos, para desistirmos dos nossos sonhos e para nos afundarmos em dilemas, frustrações e tristezas, mas o que desejo neste Natal é que todos acreditem mais esse bocadinho assim, quanto mais não seja para viverem mais um dia com a capacidade de fazer por ser melhor na manhã seguinte.

É essa a mensagem que vem dos nossos sonhos. Dos meus e dos teus. Dos nossos. E por muito que nos digam que o mundo está para acabar, há sempre espaço para vivermos aquele momento perfeito que nos faltou e que nos preenche cá dentro, nos dá borboletas no estômago e nos faz levitar. A palavra é acreditar. Que pode ser diferente, nem que seja um bocadinho, que podemos fazer a nossa parte, nem que pareça ínfima e ridícula, e que temos o direito de querer mais e melhor para nós e para os que nos cercam. Que nunca desistam é o que vos desejo, e que estejam sempre à altura dos momentos quando a emoção chegar. Porque esta viagem inolvidável só faz sentido se a vivermos desta forma. A sonhar.

Dos nossos sonhos


Sempre achei uma certa piada aos sonhos que comia em casa dos meus avós no Natal. Porque sempre fui um sonhador e porque sempre acreditei em qualquer coisa que me remetesse para um mundo que aprendi a construir com a felicidade que me foi proporcionada em casa, mas também com o conforto dos meus amigos…


Sempre achei uma certa piada aos sonhos que comia em casa dos meus avós no Natal. Porque sempre fui um sonhador e porque sempre acreditei em qualquer coisa que me remetesse para um mundo que aprendi a construir com a felicidade que me foi proporcionada em casa, mas também com o conforto dos meus amigos e a ilusão dos desenhos animados. Foi isso que me levou desde cedo a criar um personagem imaginário com quem costumo falar até hoje. Há quem diga que fala sozinho, eu não. Em todas as alturas mais determinantes da minha vida falo com algo ou alguém que me responde do outro lado, me chama à razão e me aconselha a tomar as decisões mais importantes. Foi essa a minha companhia no escuro que sempre esteve ali, era eu uma criança.

Hoje em dia, por esta altura do Natal que me diz tanto, seja pelas memórias passadas ou, lá está, pelo que acredito que há de vir, não consigo deixar de escrever sobre isso, sobre sonhar e sobre aquilo que é acreditar em alguma coisa desejavelmente melhor. Tudo o que me remete para esta época faz–me sentir bem comigo e pede–me a toda a hora para tentar ser tudo aquilo que desejo, seja nos comportamentos que tenho com os outros seja, sobretudo, comigo próprio. Muito mais que a passagem do ano que, sinceramente, nunca foi data a que tivesse dado grande relevância.

É precisamente sobre acreditar e sobre o espírito que nos ilumina para sentimentos positivos que devemos todos refletir. Seja para acreditarmos que vamos receber aquele presente, quando somos mais novos, como depois disso por termos a capacidade de “pedir” que se concretize aquele desejo que pode vir de determinadas formas. O familiar que está doente e que queremos que melhore, o sucesso profissional, a loucura da viagem que temos por fazer, as relações pessoais que precisamos melhorar… Cá dentro há qualquer coisa a que uns chamam alma, outros essência, fé ou energia, que nos dá uma secreta esperança de que sim, é possível vermos concretizados esses nossos sonhos, até porque o dia em que deixarmos de acreditar é o dia em que escolhemos deixar de viver e essa é, provavelmente, a pior das doenças que nos podem tomar.

É obvio que se olharmos de uma forma estritamente racional, vamos ver uma razão lógica para tudo, mas de uma forma racional não conseguimos também arranjar forças para mudar. Nem é preciso muito, às vezes é aquele esforço extra, aquela atitude, a motivação. Como dizia o anúncio do Danoninho, por vezes só falta mesmo “um bocadinho assim…”. Todos nós temos problemas e mil e uma razões para nos fecharmos, para desistirmos dos nossos sonhos e para nos afundarmos em dilemas, frustrações e tristezas, mas o que desejo neste Natal é que todos acreditem mais esse bocadinho assim, quanto mais não seja para viverem mais um dia com a capacidade de fazer por ser melhor na manhã seguinte.

É essa a mensagem que vem dos nossos sonhos. Dos meus e dos teus. Dos nossos. E por muito que nos digam que o mundo está para acabar, há sempre espaço para vivermos aquele momento perfeito que nos faltou e que nos preenche cá dentro, nos dá borboletas no estômago e nos faz levitar. A palavra é acreditar. Que pode ser diferente, nem que seja um bocadinho, que podemos fazer a nossa parte, nem que pareça ínfima e ridícula, e que temos o direito de querer mais e melhor para nós e para os que nos cercam. Que nunca desistam é o que vos desejo, e que estejam sempre à altura dos momentos quando a emoção chegar. Porque esta viagem inolvidável só faz sentido se a vivermos desta forma. A sonhar.