Joan Miró
Até 3 de março, Casa Serralves, Porto
Joan Miró regressou a Serralves. A nova exposição, Joan Miró e a Morte da Pintura, reúne 11 obras do antigo BPN e 23 peças de coleções estrangeiras. Esta exposição “centra-se na produção artística do mestre catalão em 1973, altura em que, com 80 anos de idade, preparava uma importante retrospetiva no Grand Palais, em Paris”, explicou a Fundação de Serralves. “No momento em que a crítica anunciava a ‘morte da pintura’ como um facto consumado perante práticas que desafiavam as narrativas do alto modernismo – arte processual, performance, land art e instalação -, Miró colocou a pintura à prova, numa tentativa de renovar os seus recursos e procedimentos”, acrescenta o comunicado. Recorde-se que Serralves já tinha recebido Joan Miró: Materialidade e Metamorfose, que expôs a quase totalidade das obras na posse do Estado. A entrada tem um custo de 15 euros.
Photo Ark
Até 5 de maio, Cordoaria Nacional, Lisboa
E que tal ficar a conhecer a arca de Noé dos tempos modernos? Photo Ark, uma das maiores exposições de sempre, chegou finalmente a Lisboa e por cá vai ficar durante os próximos meses. As fotografias de Joel Sartore mostram as mais de 12 mil espécies que vivem em cativeiro. O trabalho deste fotógrafo da National Geographic começou há 13 anos e ainda hoje é um projeto em desenvolvimento. O objetivo de Sartor é alertar para o perigo de extinção de muitos destes animais ameaçados. A exposição já tinha estado no Porto – agora terá cerca de 100 peças, o dobro das que foram expostas na Invicta. Metade são fotos inéditas e 12 delas foram captadas em Portugal. Os bilhetes custam 10 euros (6 euros para as crianças). E se gostava de ter um programa diferente nos dias de Natal e de Ano Novo – e também nas vésperas dos feriados – a exposição está aberta da parte da manhã.
Direitos Humanos
Até 15 de janeiro, LX Factory, Lisboa
No passado dia 10 de dezembro comemorou-se o 70.º aniversário da assinatura da Declaração Universal dos Direitos Humanos. Para assinalar esta data, a ReAJ – Amnistia Internacional Portugal decidiu lançar a questão: O que ainda há por fazer? Para que todos tenham uma noção da resposta, a organização não-governamental preparou uma exposição que compara os 30 artigos da Declaração com vários casos que a Amnistia Internacional detetou e com os quais trabalha atualmente. A exposição – que já esteve na Universidade Nova, na Universidade de Lisboa e na Assembleia da República – estará um mês na Lx Factory,no segundo andar do Edifício I.
Robert Mapplethorpe
Até 6 de janeiro, Museu Serralves, Porto
Foi a exposição que mais deu que falar este ano. Robert Mapplethorpe: Pictures mostra a obra de um dos mais influentes fotógrafos do século XX, através de mais de 150 imagens, entre elas os retratos icónicos de Patti Smith, Iggy Pop e até o autoretrato Mapplethorpe. A exposição gerou uma grande controvérsia, devido à decisão da administração da Fundação Serralves de exibir a coleção numa zona de acesso restrito, por se tratarem de obras de cariz sexual. A polémica levou mesmo a que o diretor artístico do museu, João Ribas, pedisse a demissão, acusando os administradores de censura. A própria administração tem sofrido várias alterações nos últimos meses. O bilhete custa 10 euros.
Eça e os Maias
Até 18 de fevereiro, Fundação Gulbenkian, Lisboa
Cento e trinta anos depois da publicação de “Os Maias”, a Fundação Gulbenkian apresenta uma exposição dedicada a uma das maiores obras de Eça de Queiroz. Com a história de Carlos da Maia no centro de tudo, serão reveladas “crónicas, romances, contos e muitas cartas, fotografias, pinturas, caricaturas, escultura, gravura, música da época e excertos de filmes”, lê-se no site da exposição. Além disso, serão exibidos objetos do espólio pessoal de Eça, que estiveram até agora guardados na Casa de Tormes (propriedade da Fundação Eça de Queiroz). A secretária pessoal do autor – onde Eça escrevia em pé – é um deles. A entrada é livre.