Claudia Patatas, a portuguesa de 38 anos acusada de pertencer a grupo neonazi no Reino Unido, conheceu, esta terça-feira, a sua sentença. O tribunal de Birmingham condenou-a a cinco anos de prisão.
A portuguesa estava até agora em liberdade condicional com pulseira eletrónica, medida de coação que vai descontar dias à sua sentença de cinco anos.
O juiz encarregue de proferir a leitura referiu a "longa história de convicções racistas violentas", de Cláudia Patatas, e do seu companheiro Adam Thomas, condenado a seis anos e meio de prisão pelo crime de também pertencer ao grupo National Action.
O magistrado chegou mesmo a dirigir-se a Cláudia Pataias em particular. "Você foi tão radical quanto Thomas, tanto nas suas opiniões como nas suas ações", afirmou.
"Vocês agiram em conjunto em tudo o que pensaram, diziam e fizeram, desde o nome dado ao vosso filho até às fotos perturbadoras do seu filho cercado de símbolos do nazismo e do Ku Klux Klan", acrescentou o juiz.
Os dois condenados são pais de uma bebé com pouco mais de 12 meses, a quem deram Adolf de segundo nome, como forma de homenagem a Hitler.
O companheiro da portuguesa foi ainda condenado a mais dois anos e meio pela posse de um documento que continha explicações sobre como construir explosivos. As duas sentenças serão cumpridas em simultâneo.
Recorde-se que o processo contra o casal teve início há quase um ano, quando a portuguesa e outros cinco homens britânicos foram detidos por pertencerem a uma organização banida pelo governo britânico, desde 2016.
A National Action é "uma organização racista, antissemita e homofóbica que suscita o ódio, glorifica a violência e promove uma ideologia vil", considerou o executivo inglês, justificando a proscrição com o material que era divulgado e promovido na internet, em especial nas redes sociais.