O que pensar de Luís Filipe Vieira?


Como escrevi na última segunda-feira, acho que hoje se fala pouco do que sucede dentro das quatro linhas e demais do que acontece fora delas. Mas esta semana vou cair no mesmo pecado. E isto porque a acumulação de casos envolvendo o Benfica começa a atingir proporções alarmantes.


Começou com o ‘caso dos vouchers’, que não tinha grande substância mas acabou por ser incómodo. Continuou com o ‘caso dos e-mails’, este mais preocupante. Seguiu-se o ‘caso e-toupeira’, bastante complicado, embora o clube tente desesperadamente tirar o cavalo da chuva e atirar todas as culpas para cima de Paulo Gonçalves. E agora foi o ‘caso Domingos Soares de Oliveira’.

Este dirigente tem um elevado estatuto no Benfica. É uma espécie de ‘mago das finanças’, um tecnocrata que domina os meandros financeiros do clube e apoia Vieira numa área que ele não domina tão bem. E tem uma pose algo superior, de pessoa importante – daquelas que ninguém ‘leva preso’.

Pois esta semana veio a lume uma notícia muitíssimo comprometedora para Soares de Oliveira. Mensagens trocadas entre ele e a filha revelam manobras de fuga ao fisco que não deixam dúvidas a ninguém. Ele explica à filha que todas as despesas do seu casamento que impliquem IVA devem ser faturadas em nome do Benfica.

Percebendo a delicadeza do assunto, Soares de Oliveira veio no próprio dia justificar-se na TV, dizendo ser prática normal do Benfica “adiantar” o pagamento de despesas a funcionários, a título de empréstimo. Neste caso, foram despesas com um casamento, noutros terão sido gastos com saúde ou outras necessidades extraordinárias.

É evidente que, com esta justificação, Soares de Oliveira procurou desviar a questão. E alguns caíram na armadilha. É que, neste caso, o problema não é o Benfica pagar despesas pessoais a funcionários. Até poderia pagar a todos eles os casamentos, os batizados, as festas de anos, etc. Isso só teria que ver com o Benfica e com os trabalhadores contemplados. Desde que isso fosse feito com transparência, não teria problema nenhum. Quem poderia não achar muita graça seriam os sócios do Benfica, ao verem o seu dinheiro ser usado para pagar festas.

Mas a questão principal é outra. É a fuga ao fisco. Domingos Soares de Oliveira mandou passar as faturas em nome do Benfica, porquê? Obviamente, para não pagar o IVA. Ora, nos dias de hoje, as fraudes fiscais são severamente punidas.

Para lá do que poderá suceder ao financeiro do Benfica, existe outro problema: ficar a ideia de que, à volta de Luís Filipe Vieira, gravita uma nebulosa de gente que recorre a práticas duvidosas. Paulo Gonçalves e Soares de Oliveira estão a braços com processos complicados. Quem se seguirá? E se Vieira se rodeia deste tipo de pessoas, o que deveremos pensar sobre ele próprio? Diz-me com quem andas…


O que pensar de Luís Filipe Vieira?


Como escrevi na última segunda-feira, acho que hoje se fala pouco do que sucede dentro das quatro linhas e demais do que acontece fora delas. Mas esta semana vou cair no mesmo pecado. E isto porque a acumulação de casos envolvendo o Benfica começa a atingir proporções alarmantes.


Começou com o ‘caso dos vouchers’, que não tinha grande substância mas acabou por ser incómodo. Continuou com o ‘caso dos e-mails’, este mais preocupante. Seguiu-se o ‘caso e-toupeira’, bastante complicado, embora o clube tente desesperadamente tirar o cavalo da chuva e atirar todas as culpas para cima de Paulo Gonçalves. E agora foi o ‘caso Domingos Soares de Oliveira’.

Este dirigente tem um elevado estatuto no Benfica. É uma espécie de ‘mago das finanças’, um tecnocrata que domina os meandros financeiros do clube e apoia Vieira numa área que ele não domina tão bem. E tem uma pose algo superior, de pessoa importante – daquelas que ninguém ‘leva preso’.

Pois esta semana veio a lume uma notícia muitíssimo comprometedora para Soares de Oliveira. Mensagens trocadas entre ele e a filha revelam manobras de fuga ao fisco que não deixam dúvidas a ninguém. Ele explica à filha que todas as despesas do seu casamento que impliquem IVA devem ser faturadas em nome do Benfica.

Percebendo a delicadeza do assunto, Soares de Oliveira veio no próprio dia justificar-se na TV, dizendo ser prática normal do Benfica “adiantar” o pagamento de despesas a funcionários, a título de empréstimo. Neste caso, foram despesas com um casamento, noutros terão sido gastos com saúde ou outras necessidades extraordinárias.

É evidente que, com esta justificação, Soares de Oliveira procurou desviar a questão. E alguns caíram na armadilha. É que, neste caso, o problema não é o Benfica pagar despesas pessoais a funcionários. Até poderia pagar a todos eles os casamentos, os batizados, as festas de anos, etc. Isso só teria que ver com o Benfica e com os trabalhadores contemplados. Desde que isso fosse feito com transparência, não teria problema nenhum. Quem poderia não achar muita graça seriam os sócios do Benfica, ao verem o seu dinheiro ser usado para pagar festas.

Mas a questão principal é outra. É a fuga ao fisco. Domingos Soares de Oliveira mandou passar as faturas em nome do Benfica, porquê? Obviamente, para não pagar o IVA. Ora, nos dias de hoje, as fraudes fiscais são severamente punidas.

Para lá do que poderá suceder ao financeiro do Benfica, existe outro problema: ficar a ideia de que, à volta de Luís Filipe Vieira, gravita uma nebulosa de gente que recorre a práticas duvidosas. Paulo Gonçalves e Soares de Oliveira estão a braços com processos complicados. Quem se seguirá? E se Vieira se rodeia deste tipo de pessoas, o que deveremos pensar sobre ele próprio? Diz-me com quem andas…