Mais de cinco mil elementos de extrema-direita manifestaram-se ontem em Bruxelas, na Bélgica, contra o Pacto Global das Migrações das Nações Unidas, assinado em Marraquexe, Marrocos, na semana passada. O protesto aconteceu nas proximidades das principais instituições europeias na cidade.
A polícia viu-se obrigada a lançar granadas de gás lacrimógeneo e canhões de água contra os manifestantes.
A poucos quilómetros de distância, cerca de mil militantes de esquerda participaram numa contra-manifestação contra a extrema-direita.
Na passada sexta-feira, o maior partido da coligação governamental belga, o N-VA, decidiu abandonar o executivo por o primeiro-ministro belga, Charles Michel, ter decidido assinar o Pacto Global das Migrações.
O acordo internacional foi assinado na semana passada por 164 países, mas um número considerável de países recusou-se a fazê-lo. Entre estes encontram-se os Estados Unidos, a Áustria, Hungria, Itália, Polónia e Eslováquia, países que têm governos nacionalistas ou de extrema-direita no poder. Os executivos argumentaram que o acordo criará eventuais riscos de segurança ao permitir a imigração.