Dados do Relatório de Outono do Observatório Português de Cuidados Paliativos 2018 mostram que mais de metade das equipas de Cuidados Paliativos (69.7%) não têm plano interno de prevenção de burnout dos seus profissionais.
No entanto, o estudo revela que 68.4% têm um plano anual de formação contínua.
“Em todas, se admite a existência de um líder e responsável da equipa, embora nem sempre o caraterizem. Das equipas que identificaram os líderes/responsáveis da equipa, a maioria são médicos (65.8%), ou médicos e enfermeiros (13.2%), ou apenas os enfermeiros são responsáveis pela equipa (5.3%), a assistente social (1.3%) e numa outra equipa foi identificada a diretora clínica (1.3%). Houve 10.5% das equipas que confirmaram a existência de um líder/responsável, mas não o identificaram”, refere o estudo.
O relatório dia ainda que das 76 equipas de cuidados paliativos que responderam ao inquérito, 69.7% apresentam um programa de apoio no luto.
“Das várias ações/atividades propostas pela maioria de guidelines e protocolos de atuação no acompanhamento e apoio ao luto, questionámos sobre: carta de condolências, visita ao domicílio, consulta, chamada telefónica e/ou consulta de follow-up, algumas acrescentaram outras, tais como conferência familiar, consulta de grupo ou envio de SMS”, refere o relatório.
O mesmo estudo destaca ainda o facto de apenas metade dos doentes morrer no local de óbito desejado.
“Entre os 259 doentes cuja preferência foi reportada, 68.7% (178) preferiram morrer em casa (própria ou de um familiar ou amigo), 16.6% (43) numa UCP, 3.1% (8) num hospital ou unidade que não fosse UCP e 1.1% (3) num lar ou residência”, lê-se no mesmo documento.