Nos últimos anos, o número de burlas online tem aumentado. A garantia foi dada ao i por Alexandre Coimbra, diretor do departamento das Relações Públicas da Polícia de Segurança Pública (PSP), que revelou que as situações mais alarmantes estão relacionadas com questões de arrendamento de casas ou de alojamentos locais.
Alexandre Coimbra explicou que normalmente as pessoas “respondem a um anúncio” e que quem “está do outro lado remete essas pessoas para uma conversa ou via Whatsapp ou via Messenger”. É nessa conversa que lhes dizem que o imóvel está para arrendar e, geralmente, pedem “um pagamento antecipado”. “Algumas pessoas acreditam nisto e acabam por fazer transferência e são burladas porque o imóvel ou não existe ou não pertence àquela pessoa”, completou.
Ontem, na sua página oficial de Facebook, a PSP fez uma publicação a alertar para esta mesma situação, por se ter celebrado a Cyber Monday – um dia que incentiva às compras online.
“Hoje em dia a internet e as aplicações móveis são utilizadas para um sem número de tarefas e negócios. Também contribui para isso a proliferação de smartphones e tablets no mercado, potenciando oportunidades e necessidades de recorrer à web e, consequentemente, maior probabilidade de se ser vítima de crimes de burla online”, escreveu a polícia.
Segundo a PSP, podem ser utilizados sites falsos “com propostas de negócio bastante vantajosas ou sites e aplicações já existentes para ludibriar as pessoas”.
Estes crimes, reforçam, “passam principalmente por negócios de compra e venda de bens, aluguer de imóveis, compra de viagens ou empréstimos monetários”.
Conselhos para os mais desatentos
Ao i, Alexandre Coimbra deixou alguns conselhos. Primeiro, as pessoas nunca devem fazer “uma transferência bancária sem conhecer a outra pessoa e sem confirmar no local que o imóvel está para arrendar”, até porque as plataformas fidedignas – como o Airbnb e imobiliárias – nunca pedem um pagamento antecipado. Em segundo lugar, “quando a pessoa entra em contacto com alguém e lhe pede uma transferência a pessoa está a ser burlada”, adiantou.
O responsável disse ainda que as pessoas devem utilizar plataformas certificadas, porque estas têm “mecanismos seguros de transações comerciais”. Além disso, as pessoas não devem revelar os seus dados pessoais ou dados bancários a desconhecidos.
A publicação nas redes sociais corrobora frisa ainda: As pessoas devem aceder apenas a sites “fidedignos (os quais garantam reembolso em caso de prejuízo e defesa do comprador)”. Além disso, devem ser utilizados “métodos de pagamento seguros que garantam retorno em caso de litígio”.