Em 2017, o número de crianças e jovens em perigo que foram acolhidos por famílias ou em instituições voltou a descer. Segundo a “Caracterização Anual da Situação de Acolhimento de Crianças e Jovens”, no ano passado 7.553 foram acolhidos e 2.857 saíram dessa situação.
"Portugal começa a dar sinais positivos no caminho da prevenção e/ou redução da institucionalização de crianças e jovens", pode ler-se no relatório.
Os valores apresentados representam uma descida de 8% de crianças em risco a serem institucionalizadas, quando comparado com o ano anterior, e uma descida de 25% no número de crianças e jovens sinalizados nos últimos dez anos.
Foram registadas 2.202 entradas no sistema de acolhimento em 2017, sendo que a maior parte é derivado a negligência, falta de supervisão e acompanhamento (41%). “Comportamentos desviantes” justificaram 16% dos acolhimentos e 8% por exposição a violência doméstica.
Em 400 casos as crianças foram vítimas de maus tratos psicológicos e em 215 foram sujeitos a maus tratos físicos e abuso sexual.
A maior parte das crianças acolhidas são rapazes (72%) entre os 12 e os 20 anos.
No que toca a saídas das instituições para voltar a viver em família – quer seja a família de origem, quer seja uma família adotiva –, o número aumentou 14% em 2017 em relação ao ano anterior.