Sophia não chegou sozinha ao palco principal da Web Summit. A robô esteve frente a frente com Han, a nova criação de Ben Goertzel, cientista da Hanson Robotics e fundador da SingularityNET. E mostrou-se feliz por estar de volta à Altice Arena. Sim, leu bem: a robô estava feliz por regressar a Portugal.
Não se pode dizer que tenha sido muito expressiva, mas a verdade é que a robô que se apresentou ao mundo no ano passado já consegue rir, mostrar medo, ficar triste ou com raiva.
Mas Han também não fica atrás: o robô desenvolvido pela Hanson Robotics consegue detetar emoções humanas e dizer para que direção está a olhar.
Apesar de todas os sentimentos à flor “da pele”, a verdade é que Sophia continua a ser um robô. Por isso, o seu criador decidiu testá-la à frente de milhares de pessoas que assistiam à conferência, perguntando quantos habitantes tem a cidade de Lisboa. O objetivo era mostrar que a robô se apresenta agora numa versão melhorada, para que se atualize de forma mais rápida. Além disso, agora também tem acesso a informação através da internet.
Entre conversas de robôs, Ben Goertzel, o único membro de carne e osso, terminou com um dos mistérios: por que razão Sophia é da Arábia Saudita? A resposta é muito simples e não tem nada de político: “Gosto da comida de lá.”
O diretor científico da SingularityNET fez ainda uma revelação: a empresa está a desenvolver um projeto para a criação de um ecossistema que não se centralize na inteligência artificial e no qual “qualquer um, de qualquer mundo, possa participar”. Ou seja, um projeto em que seres humanos e robôs poderão conviver como iguais.
Os dois robôs despediram-se de Portugal com votos de voltarem em breve.