“Conseguimos tratar um clube de futebol como uma startup?”, foi este o mote da conversa que juntou Domingos Oliveira, CEO do SL Benfica, Jacques-Henri Eyraud, presidente do Olympique Marseille e o moderador Rob Harris, da Global Soccer.
Na sala de conferências dedicada ao desporto, Domingos Oliveira confessou que é difícil responder à pergunta central do debate, opinião que foi de acordo com o presidente do clube francês que afirmou que pensar em mudar é essencial, mas a longo prazo parece critico.
No entanto, os representantes afirmaram que a tecnologia é essencial para o futebol como o vemos hoje. Eyraud acredita que o foco dos clubes passa por prender as camadas mais jovens e fazer do futebol um programa de entretenimento mais aliciante.
“Gostava que o futebol se focasse nos jovens que já não veem futebol na televisão ou que, quando o fazem, estão também a fazer outras coisas e isto é preocupante”.
O presidente confessou mesmo acreditar que a tecnologia que é preciso na vida real pode estar nos jogos como o FIFA. “As novas regras dos jogos tem de pensar nos jovens”, afirmou.
Já o CEO do clube português referiu os fãns como o principal foco da inovação necessária.“Temos de pensar nos fãs que vivem em Portugal, mas também nos que vivem no estrangeiro (…) Todos os dias temos de lhes dar conteúdos novos como resultados ou um nome novo”, disse.
Também em discussão esteve a inteligência artificial e a importância da mesma para o desporto. Esta pode ajudar a perceber melhor quais as capacidades do jogador e até mesmo a captar novos desportistas.
No final, o presidente do Olympique Marseille disse que a tecnologia é necessária, mas que investir no futuro leva algum tempo, ao mesmo passo que soltava gargalhadas, quando questionado sobre o pior que pode acontecer a um clube, ao qual respondeu que é mesmo perder.