Miguel Oliveira não consegue o milagre e acaba vice-campeão (com vídeo)

Miguel Oliveira não consegue o milagre e acaba vice-campeão (com vídeo)


O jovem piloto luso garantiu o segundo lugar do Mundial de Moto2, depois do terceiro em 2017


Miguel Oliveira fez o que pôde, mas não conseguiu evitar o inevitável: Francesco Bagnaia terminou a etapa de Sepang em terceiro e sagrou-se campeão mundial de Moto2, com o piloto português a finalizar o circuito da Malásia em segundo e a assegurar o vice-campeonato, depois de ter terminado em terceiro em 2017 – já tinha também sido vice-campeão mundial de Moto3 em 2015. Ao italiano da Kalex, recorde-se, bastava conseguir um lugar no pódio na pista asiática para garantir o triunfo final, independentemente da prestação de Miguel Oliveira.

 

 

O piloto natural de Almada partiu da sétima posição da grelha e lutou pela vitória na etapa até à última volta, mas Luca Marini dominou do início ao fim. Mais atrás, apertado por Mattia Pasini, Bagnaia procurava simplesmente manter o lugar nos três primeiros, que viria a conseguir sem grande dificuldade. Ainda assim, e apesar de falhado o objetivo de levar a luta pelo título mundial para a 19.ª e última etapa, em Valência, Miguel Oliveira mostrou-se satisfeito pela sua prestação na temporada. “A corrida de hoje foi positiva, estive na luta pela vitória até às voltas finais. Fiz um bom arranque e a dificuldade para gerir a aderência dos pneus após a metade da corrida não me permitiu aproximar mais do Marini para o passar. Mas no geral a minha KTM esteve bem durante toda a corrida. Estou orgulhoso da época que fiz, a equipa fez um excelente trabalho com a nossa mota, retirámos tudo o que a mota tinha para dar e foi uma temporada constante com 11 pódios em 18 possíveis e com uma corrida por disputar. Foi logicamente uma temporada muito boa, muito positiva. Não foi o bastante para lutar pelo titulo, o Pecco [Bagnaia] foi muito forte, foi difícil batê-lo na maior parte das vezes. Mas estou orgulhoso da minha pilotagem e da minha época, por todo o trabalho que fiz com esta mota tão jovem, de apenas dois anos”, salientou o português, prometendo lutar pela vitória em Valência e deixando uma ideia forte para conclusão: “Embora não tenha vencido o campeonato, fica claro que sou um dos melhores pilotos que passou neste campeonato Moto2.”

 

 

O Mundial termina no próximo dia 18, em Espanha, no mesmo circuito onde Miguel Oliveira fará depois os primeiros testes de MotoGP, categoria rainha do motociclismo mundial onde irá competir na próxima temporada, também pela Red Bull e aos comandos de uma KTM.

 

A última queda de Rossi A penúltima etapa do Mundial de MotoGP consagrou novamente Marc Márquez. O piloto espanhol da Honda já havia garantido o pentacampeonato na ronda anterior, mas beneficiou de uma queda de Valentino Rossi a quatro voltas do fim para consumar novo triunfo – o nono da temporada.

A questão do vice-campeão ficou também aí resolvida, com Andrea Dovizioso, da Ducati, a terminar em sexto lugar e a beneficiar dos dez pontos obtidos para ficar com 25 sobre o lendário piloto da Yamaha, que terminou no 18.º lugar e não pontuou. “Vivemos o sonho, é uma pena. Eu estava a forçar, queria manter a vantagem e fazer o Márquez suar. Melhorámos, mas nas últimas voltas ainda sofremos e assim que toquei no acelerador a moto fugiu atrás. Não esperava, talvez tenha errado”, assumiu Rossi no fim da prova.

Em Moto3, o espanhol Jorge Martín, da Honda, assegurou o título mundial após vencer na Malásia e beneficiar do quinto lugar do italiano Marco Bezzecchi, o seu grande perseguidor – e que na próxima temporada irá substituir Miguel Oliveira no Moto2 pela KTM.