Graça Fonseca destaca a importância do olisipógrafo José Sarmento de Matos

Graça Fonseca destaca a importância do olisipógrafo José Sarmento de Matos


A Ministra da Cultura lamenta “profundamente” a morte de José Sarmento de Matos, historiador que construiu “com os seus textos uma paisagem orgânica e habitada”


A ministra da Cultura, Graça Fonseca, lamenta “profundamente" a morte do historiador José Sarmento de Matos, que dedicou grande parte da sua obra ao estudo da cidade de Lisboa, enviando à família e amigos sentidas condolências. O historiador que preferia ser reconhecido como olisipógrafo, morreu este domingo de manhã aos 72 anos, vítima de um cancro de fígado, na sua casa na Estrela.

Na nota de pesar do Ministério da Cultura, lê-se: "José Sarmento de Matos especializou-se em História da Arte depois de ter trabalhado na Direção-Geral dos Assuntos Culturais/Direção-Geral do Património Cultural. Dedicou grande parte da sua obra à cidade de Lisboa, aos seus bairros e edifícios e às suas gentes, construindo com os seus textos uma paisagem orgânica e habitada, uma urbe que, como o historiador gostava de dizer, nunca é um gesto isolado.

Dedicou à olisipografia a parte maior da sua obra, tanto na sua colaboração com a imprensa escrita, como nos seus livros, com especial destaque para os dois volumes d’"A Invenção de Lisboa" (2008/2009), um relato em que o ficcional e o histórico se fundem para construir uma arquitetura íntima da sua cidade.

José Sarmento de Matos fica também ligado a um dos momentos mais significativos da história recente da cidade de Lisboa, a Expo 98, tendo participado ativamente no desenvolvimento dos primeiros esboços desta exposição mundial, juntamente com António Mega Ferreira e Vasco Graça Moura. Esta participação permitiu também que ficasse ligado à toponímia e à paisagem da cidade que escolheu como sua disciplina, tendo dado o nome às ruas do Parque das Nações."