“Circunstâncias políticas” terão levado Rovisco Duarte a pedir demissão

“Circunstâncias políticas” terão levado Rovisco Duarte a pedir demissão


O general Rovisco Duarte justificou perante o Exército o pedido de demissão do cargo de Chefe do Estado-Maior afirmando que “circunstâncias políticas assim o exigiram”.


De acordo com fontes militares contactadas pela agência Lusa, O general Rovisco Duarte comunicou "por escrito" – através da rede interna do Exército – que apresentou ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, a sua carta de resignação.

"Circunstâncias políticas assim o exigiram", disse Rovisco Duarte. De sublinhar que o general foi escolhido para assumir o cargo pelo ex-ministro da Defesa, Azeredo Lopes, onde substituiu Carlos Jerónimo, que se demitiu na sequência da polémica que envolveu a direção do Colégio Militar.

O general Rovisco Duarte apenas terminaria o seu mandato em abril de 2019, e encontrava-se sob contestação desde o roubo do material material dos paióis de Tancos – divulgado a 29 de junho de 2017.

O processo sobre a encenação de Tancos já levou à detenção do diretor da Polícia Judiciária Militar, o coronel Luís Vieira, e do ex-porta-voz do mesmo organismo, o major Vasco Brazão, ouvido pela segunda vez no DCIAP, esta terça-feira.

A demissão do general Frederico Rovisco Duarte acontece após dois dias da tomada de posse do novo ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho.