Escondam as filhas, vem aí bandalheira da grossa. Guilherme Duarte e Ricardo Cardoso já provaram a sua falta de fé no nacional-piadismo. Gostam dele rude, preferem bater, encher as fuças. A primeira temporada de Falta de Chá bateu o milhão de visualizações. Qual piñata, afinfam-lhe, fazem seguidores como os cartéis fazem agarrados.
Ganharam proeminência desde que passou a vigorar a Lei Seca do Humor, "que impede que se façam piadas com qualquer assunto pois faz dói-dói e ofende as pessoas". E o cadastro que o FBI tem dos dois, adianta que "nenhuma prisão é suficientemente segura para encarcerar os dois membros do autoproclamado gangue Falta de Chá".
Nesta segunda temporada, alegadamente terão coagido várias caras conhecidas a participar, entre os quais António Raminhos, Fernando Alvim, Mário Daniel e muitos outros. A estreia online deu-se no passadoa dia 8 de outubro, estando previsto que nesta sequência de 10 episódios e mais de oitenta sketches de comédia conquistarem território ao Clero e à Maçonaria, numa estratégia ofensiva que passa por não fazer reféns. Garantem que irão retomar "temas banais como religião, desemprego e morte", mas, porque a maconha dá equivalência nos estudos de filosofia, irão também debruçar-se "sobre temas profundos como alimentos de forma fálica e emojies de cocó".
Os 10 episódios terão uma duração de 12 a 15 minutos, compostos por 6 a 9 sketches. Ao todo, serão 80 sketches. Tudo de graça, porque o povo adora rir, mas prefere pagar a quem o faz chorar. Só por isso é que o duo-dinâmico ainda não considerou meter-se na política. Mas a Assembleia da República não deixa de ser uma influência, a par de outras como Herman José, Gato Fedorento, Porta dos Fundos, Key & Peel e Monty Python.