O Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê uma melhoria do défice português para 2018 e 2019, ainda assim, o saldo deverá manter-se negativo até 2020 e o primeiro excedente é esperado apenas em 2022, o que contraria as previsões do Governo.
Esta terça-feira, o ‘Fiscal Monitor’, relatório que apresenta as previsões orçamentais mundiais, revela que o FMI melhorou a estimativa para o défice português este ano para 0,7% do PIB, o que está de acordo com o que o Governo havia previsto e aquém do que a instituição estimava no último mês de abril – 1%.
Para o próximo ano, o FMI prevê um défice orçamental de 0,3% do PIB, acima dos 0,2% previstos pelo Governo.
Apesar de o Fundo melhorar as estimativas orçamentais do país até 2023, estas continuam abaixo das expectativas criadas pelo executivo.
O FMI acredita que o primeiro excedente – de 0,2% do PIB – ocorra apenas em 2022. O Governo havia previsto excedentes orçamentais que crescem todos os anos: 0,7% do PIB em 2020, 1,4% em 2021 e 1,3% em 2022.
Em 2020, a instituição prevê um saldo negativo de 0,2%, sendo que um défice zero só será alcançado em 2021.
Estas projeções são coordenadas pelo ex-ministro das Finanças Vítor Gaspar, agora diretor do FMI e têm como base o Orçamento de Estado para 2018.