A líder da extrema-direita francesa, Marine Le Pen, revoltou-se esta quinta-feira contra a decisão de um juiz, que a quer obrigar a submeter-se a um exame psiquiátrico.
Em causa está o facto de Le Pen ter publicado na sua conta de Twitter em 2015 fotografias de execuções levadas a cabo pelo estado islâmico.
"É verdadeiramente alucinante. Este regime começa a ser assustador", escreveu a líder da União Nacional também no Twitter, tendo publicado o documento com a decisão judicial, onde se pode ler que o exame psiquiátrico deverá ser feito “no mais breve prazo”..
C'est proprement HALLUCINANT. Ce régime commence VRAIMENT à faire peur. MLP pic.twitter.com/WCX6WBCgi4
— Marine Le Pen (@MLP_officiel) September 20, 2018
"Eu achava que era legítimo, mas não! Por denunciar os horrores do daesh em tweets, a 'justiça' submete-me a perícia psiquiátrica! Até onde é que eles irão?", escreveu Le Pen..
O exame tem como objetivo averiguar se Le Pen está em “condições de compreender o discurso e de responder às questões" e se "a infração apontada tem relação com elementos factuais ou biográficos da interessada".
Recorde-se que a política foi acusada de “difusão de imagens violentas", por ter publicado três fotografias de execuções violentas como forma de resposta a um jornalista, que Le Pen acreditava ter feito um paralelo entre o seu partido e o Estado Islâmico.
A líder da então Frente Nacional divulgou as fotografias e identificou o jornalista, cujas declarações considerou “imundas”, e escreveu: "O daesh é isto!".
Sublinhe-se que estas imagens foram publicadas cerca de um mês após os atentados de Paris, nos quais morreram 130 pessoas.