Em sete anos, a reserva do Niassa em Moçambique – a maior do país – perdeu mais de 16 mil elefantes por abate ilegal. Os dados oficiais foram divulgados pelo diário moçambicano O País, esta quarta-feira.
"De acordo com dados locais do mapeamento, em 2009 existiam 20.118 elefantes na reserva, mas em 2016 restavam apenas 3.675", pode ler-se no jornal. Isto significa que foram abatidos de forma ilegal 16.443 elefantes.
A falta de vigilância por parte das autoridades é apontada como uma das grandes falhas, no que toca à detenção de caçadores furtivos.
De acordo com o diretor de Proteção e Fiscalização da ANAC, Carlos Lopes – em declarações à agência Lusa em março deste ano – o crescimento de abates ilegais ameaça a reprodução da espécie. "Continuamos a perder elefantes a um ritmo que, se não for radicalmente alterado, vai conduzir à extinção ou, pelo menos, à inviabilidade das populações desta espécie", afirmou.