O presidente do observatório independente, Francisco Castro Rego, do Instituto Superior de Agronomia da Universidade Técnica de Lisboa, avançou à Lusa que a primeira missão deste observatório se prende com uma análise ao sistema operativo da Proteção Civil.
A primeira reunião irá realiza-se já na próxima semana, e só depois é que o grupo terá "uma visão mais concreta" sobre o trabalho que vai fazer.
Para já, o presidente adiantou que o observatório vai elaborar, até ao final do ano, um parecer sobre o sistema de Proteção Civil, e realizar relatórios semestrais sobre a sua atividade.
Nos próximos três meses este será "um trabalho muito complicado porque rever o sistema de proteção civil é uma peça muito forte" e "fundamental", disse à Lusa.
"Vamos começar em funções na próxima semana e vamos escalpelizar um pouco aquilo que a Assembleia da República incluiu no seu despacho porque é de facto uma tarefa muito volumosa a questão da revisão da proteção civil, juntamente com a análise dos incêndios que tenham ocorrido", adiantou.
Além disso, outras das missões deste observatório passa por analisar qual a influência da meteorologia nos incêndios deste verão e qual "o efeito das políticas e das ações" no terreno.
"Temos de ver efetivamente quais as linhas de força que temos de dar prioridade para podermos responder a tempo e cumprir o mandato que é atribuído", acrescentou.
De acordo com o despacho assinado pelo presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, os outros membros do Observatório são Paulo Alexandre Martins Fernandes, da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, também indicado pelo Conselho de Reitores, Joaquim Sande Silva, Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Coimbra, e João Carlos Martins de Azevedo, da Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Bragança, indicados pelo Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos.