A polícia marítima retirou da água, multou e apreendeu as pranchas de um grupo de surfistas na praia de São João, na Costa de Caparica, esta quinta-feira. O grupo estava a surfar em zona de banhos e cada elemento acabou por ser multado em 100 euros.
Na praia de São João está dividida em três zonas: uma para escolas de surf, outra para a prática independente e uma terceira para zona de banhos.
“O problema é que existem vários corredores de surf e as escolas usam-nos, e depois não há espaço para fazer surf”, afirma Miguel Gomes, presidente da Associação de Surf da Costa de Caparica, à NIT. “O que os surfistas me contaram foi que estavam na única zona do mar onde havia ondas, que as bandeiras dos nadadores salvadores estavam conforme, mas foram entretanto mudadas para zona de banhos. E que a polícia chegou no momento em que eles estavam a mudar de lugar”, acrescenta.
Uma testemunha acrescenta ainda que a polícia foi chamada por um banhista. “O pior é que havia lá miúdos, de 9 e 10 anos. Não me lembro de nada assim. Só talvez nos anos 80. Nem nos anos 80”, reforça o presidente da associação
Pedro Coelho, um surfista que estava no local, contou à Meo Beachcam que não sabe quem foi multado “nem a quem tiraram as pranchas”. “O que se passou foi o seguinte: nós estávamos a surfar tranquilos – estive por lá imenso tempo – pelo que percebi os nadadores salvadores colocaram as bandeiras para banhos em frente ao pico que era o único sítio que estava a dar umas ondas na praia toda, obrigando os surfistas a deslocarem-se para a esquerda. Nós fomos andando para a esquerda mas meio confusos pois continuávamos dentro da zona das bandeiras, entretanto eles iam apitando, até que a certa altura apareceu a polícia marítima.”
O surfista afirma que a polícia veio “buscar um a um à medida que saímos da água e pediram que nos juntássemos a um canto pois queriam falar com todos. Começou o discurso dizendo que aquela era uma zona interdita, que os nadadores salvadores tinham avisado, que todos os surfistas que ali se encontravam iam ser multados e as pranchas apreendidas e que tínhamos de ir buscar as nossas identificações. No meio desta confusão encontravam-se miúdos de 9 e 10 dez, tendo os pais dos mesmos intervindo na discussão. Foi uma vergonha o que ali se passou”, criticou