Medina, os passes sociais e a lengalenga do interior


Fernando Medina regressou de férias com uma proposta de redução para metade do preço dos passes sociais em Lisboa. A ideia, apresentada como genial por boa parte da comunicação social, reduz-se a passar a fatura para o Estado. Lembram-se das Scuts? Pois. O esquema não é diferente e a conta encontra-se depois naquela dívida pública…


Fernando Medina regressou de férias com uma proposta de redução para metade do preço dos passes sociais em Lisboa. A ideia, apresentada como genial por boa parte da comunicação social, reduz-se a passar a fatura para o Estado. Lembram-se das Scuts? Pois. O esquema não é diferente e a conta encontra-se depois naquela dívida pública que ronda os 250 mil milhões de euros, cerca de 125% do PIB. Podemos gostar todos muito dos nossos filhos e netos, mas a verdade é que, depois de mortos, o amar ou deixar de amar alguém parece já não ser assim tão importante. 

Prova que o país pouco percebeu da crise que se abateu sobre nós em 2011 foram as críticas que se ouviram sobre a proposta de Medina: que a ideia era boa, embora fosse pena que discriminasse o resto do país. Vai daí, o governo anunciou um estudo para estender a medida a todo o país. Não há nada como ir ao encontro das críticas e “estender” as medidas a todos. Claro que o que resta do país não tem transportes públicos, mas isso é um pormenor que não interessa. É preciso incentivar as pessoas a viver no interior. Não é essa a lengalenga que ouvimos desde Pedrógão? 

 

Advogado 

Escreve à quinta-feira 

Medina, os passes sociais e a lengalenga do interior


Fernando Medina regressou de férias com uma proposta de redução para metade do preço dos passes sociais em Lisboa. A ideia, apresentada como genial por boa parte da comunicação social, reduz-se a passar a fatura para o Estado. Lembram-se das Scuts? Pois. O esquema não é diferente e a conta encontra-se depois naquela dívida pública…


Fernando Medina regressou de férias com uma proposta de redução para metade do preço dos passes sociais em Lisboa. A ideia, apresentada como genial por boa parte da comunicação social, reduz-se a passar a fatura para o Estado. Lembram-se das Scuts? Pois. O esquema não é diferente e a conta encontra-se depois naquela dívida pública que ronda os 250 mil milhões de euros, cerca de 125% do PIB. Podemos gostar todos muito dos nossos filhos e netos, mas a verdade é que, depois de mortos, o amar ou deixar de amar alguém parece já não ser assim tão importante. 

Prova que o país pouco percebeu da crise que se abateu sobre nós em 2011 foram as críticas que se ouviram sobre a proposta de Medina: que a ideia era boa, embora fosse pena que discriminasse o resto do país. Vai daí, o governo anunciou um estudo para estender a medida a todo o país. Não há nada como ir ao encontro das críticas e “estender” as medidas a todos. Claro que o que resta do país não tem transportes públicos, mas isso é um pormenor que não interessa. É preciso incentivar as pessoas a viver no interior. Não é essa a lengalenga que ouvimos desde Pedrógão? 

 

Advogado 

Escreve à quinta-feira